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Bellucci recorda pioneirismo em tratar saúde mental no circuito profissional

Quinta, 01 de maio 2025 às 18:08:47 AMT

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Em entrevista ao ao jornal Estadão, o ex-top 21 e atual treinador de Pedo Boscardin, o paulista Thomaz Bellucci falou sobre a luta com sua saúde mental e recordou se um dos pioneiros do circuito a trabalhar com acompanhamento psicológico. Foto: Thomaz Bellucci / Crédito:Fotojump



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Bellucci contou a reportagem que por pelo menos cinco anos lutou com questões de saúde mental, cujo auge foi em 2020 e que graças a um alerta de sua então mulher e seu treinador, buscou tatamento com um profissional de psiquiatria.

"Tomei remédio para depressão durante um ano. E percebi que estava prejudicando um pouco o meu desempenho. Melhorou em alguns setores da minha vida, mas dentro da quadra percebi que é difícil tirar o seu máximo se você tá medicado", comentou o ex-tenista.

"Senti que eu melhorei no meu dia a dia, mas dentro da quadra eu não consegui render tanto quanto eu precisava. Acho que qualquer atleta em certo momento da carreira vai ter que lidar com isso", completou.

Thomaz Bellucci comentou que em seu tempo de circuito profissional falar do tema de saúde mental ou mesmo trabalho com acompanhamento psicológico focado no esporte era algo mal visto e um tabu. 

“Na minha geração o tema saúde mental era pouco difundido. Poucos jogadores falavam que tinha um psicólogo, porque todo mundo via com um certo preconceito”, recorda ele que em 2012, por sugestão do seu treinador da época, o argentino Daniel Orsanic, contratou Carla di Pierro - que há pouco tempo estava na equipe de Bia Haddad, e segue no Comitê Olímpico Brasileiro.

"Eu era o 90º do mundo. Eu estava muito em baixa, só perdia na primeira rodada. Comecei o trabalho e fui campeão logo no primeiro torneio", recorda ele apontando que era questionado pelos colegas sobre quem era a mulher que o acompanhava e que muito estranhavam o fato dela ser psicóloga.

"Eu explicava que era psicóloga e os caras vinham com um certo preconceito. Na época, os tenistas levavam treinador, preparador físico, fisioterapeuta para os torneios, não psicólogos. Para mim, foi muito produtivo”, pontua.

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