Na entrevista que concedeu a rede de televisão italiana RAI, o número 1 do mundo Jannik Sinner confessou que tem inveja da habilidade e plasticidade do compatriota Lorenzo Musetti, 11º do mundo e do grande rival, o espanhol Carlos Alcaraz.
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"Essa foi uma parada que nós não esperávamos, mas aos poucos estou entrando em ritmo, com um objetivo adiante e já estou treinando com jogadores fortes", declarou ele que passou por alguns dias de treino em Monte Carlo ao lado do compatriota Lorenzo Sonego.
"Estou muito feliz com o nível que estou jogando, nessa volta aos treinos. Estou muito contente de poder voltar às quadras e acima de tudo, voltando em Roma, que é um torneio especial", completou Sinner destacando que sente falta da sensação de competição e tudo que envolve um jogo.
Perguntado sobre o que custa mais talento: enfrentar o número 1, chegar ao número 1 ou permanecer número 1: "Tanto faz, tudo custa sacrifício, estar num momento de dificuldade ou em um de sorte - a sorte de não fazer mal, de encontrar a pessoa certa no momento certo", fez questão de falar do quanto há de decidação ao esporte.
"O talento é importante se combinado com o trabalho, se não resulta pouco", completou Sinner que então foi questionado sobre o fato de muitas vezes não parecer um se humano comum em quadra, que não fica nervoso ou se frustra e então o número 1 do mundo fez uma comparação.
"Não é bem assim que é. Jogar tênis é mais como jogar de pôquer, quando você vê que o outro está com fadiga, dificuldade, então aquilo te dá força. Eu, quando estou em momentos em que não estou bem em quadra, não sinto o jogo ou fico nervoso, eu tenho um truque com minha equipe para sentir o jogo e também ao contrário, porque se eu fico mesmo nervoso esqueço do que sou capaz. Sempre há momentos assim em que as coisas não estão perfeitas. No fim das contas, é um jogo e o tênis tem de ser jogado e se eu for espancar a bola, não vai funcionar".
Questionado sobre quem prefere no Big 3 o italiano suspira e tenta responder afirmado conhecer bem Rafael Nadal e Novak Djokovic e um pouco menos a Roger Federer "porque pouco coincidimos no circuito".
"Eu posso falar de Rafa e Roger. Eu gosto muito do Rafa porque é um batalhador, uma pessoa que faz todas as coisas de modo muito equilibrado e bonito. Se considerarmos os número, o melhor é Nole (Djokovic). Mas eu sou uma pessoa feliz de viver neste momento do tênis", encerrou o assunto sem responder diretamente ao questionamento.
O italiano ainda foi perguntado sobre que ponto ainda lhe tira o sono e destacou de imediato que o ponto que mais duro de sua carreira era o match-point contra Carlos Alcaraz no US Open (2022) e que acabou perdendo o jogo e o mais bonito foi o ponto da vitória em seu primeiro Slam, Australian Open 2023.
Sinner foi perguntado qual seu golpe favorito e apontou para seu backhand, que classificou como o "mais forte" e ainda destacou que o golpe que precisa melhorar é seu saque. Então o entrevistador perguntou ao italiano se há um golpe do qual sente inveja, Jannik Sinner suspira e diz: "Eu diria que o toque [na bola] de Carlos e do Lorenzo, o Musetti, eles dois sentem muito bem a bola na raquete".