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ATP apresenta calendário 2025 com as maiores mudanças dos últimos 30 anos

Sexta-feira, 22-03-2024 12:34

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Tênis Profissional

A Associação dos Tenistas Profissionais (ATP) divulgou o calendário para 2025, que é provisório e pode passar por alterações. As mudanças são consideradas as mais significativas dos últimos 30 anos do tênis profissional.



Das mudanças, a mais destacada é que quase todos os torneios do Masters 1000 serão disputados em duas semanas. As chaves de todos os eventos do Masters 1000 passam a ter o padrão já aplicados nas duas últimas edições de Indian Wells e Miami e começarão a ser disputadas em Madri e Roma já em 2024, com 96 participantes. Estes torneios serão disputados em duas semanas cheias.

As exceções das mudanças nos Masters 1000 são Paris-Bercy, na França, e Monte Carlo, no principado de Mônaco. Único torneio não obrigatório aos top 30 da ATP entre os Masters, Monte Carlo segue sua tradição de disputa em uma semana e com chave de 56 jogadores. Para 2025, Monte Carlo será antecipado em uma semana e abrirá o mês de abril com início programado para o dia 6. Já o Masters parisiense disputado no Palácio de Bercy segue fechando o mês de outubro e abrindo novembro e com uma chave de 56 posições. Paris-Bercy mantém a tradição de fechar o calendário Masters 1000.

O calendário 2025 também apresenta a extinção de alguns torneios são eles: Córdoba, na Argentina; Estoril, em Portugal; Lyon, na França; Atlanta e Newport, ambos nos Estados Unidos. Dos cinco torneios extintos do calendário três são disputados no saibro: Córdoba, Estoril e Lyon; já Atlanta é em piso rápido e Newport na grama.

Falando em grama, a gira euopeia no piso não passou por nenhuma alteração significativa. A gira começa logo após Roland Garros com as disputas simultâneas dos ATP 250 de 's-Hertogenbosch, na Holanda, e Stuttgart, na Alemanha, seguidos dos ATP 500 de Halle, na Alemanha, e Queens na Inglaterra, segue com os ATP 250 de Mallorca, na Espanha, e Eastbourne, na Inglaterra, e acaba em Wimbledon, que em 2025 começa dia 30 de junho, já que o calendário estará menos "apertado" em razão dos Jogos Olímpicos de Paris que serão disputados em 2024.

Para 2025 há um aumento da presença de torneios nível ATP 500, o calendário sai de 13 torneios neste nível para 16. A mudança só é possível graças a espécie de "subida de nível" dos ATPs 250 de Dallas, nos Estados Unidos; Doha, no Qatar; e Munique, na Alemanha.

O torneios é Dallas chegou ao calendário ATP em 2022, em substituição ao ATP 250 de Nova York, que esteve no calendário entre 2017 e 2019 substituindo o torneio de Memphisque ficou duas décadas no calendário como um nível 250.

Doha, por sua vez, conseguiu a status de distibuir 500 pontos a seus competidores, fato que pleiteava junto à ATP e demais torneios oficialmente desde 2014. O evento no Emirado do sudoeste asiático já distribui uma das maiores premiações financeiras do calendário. Em 2024, Doha distibuiu como ATP 250 US$1.395.875,00 cerca de R$6.955.365,95 na cotação de hoje.

Como comparativo, o ATP 250 de Los Cabos, no México, que foi disputado na mesma semana de Doha em 2024 e sob condições similares: piso rápido descobeto, distribuiu US$915.245,00 cerca de $4.560.482,79 na cotação de hoje.

Último 500 adicionado ao calendário é o tradicional ATP de Munique, na Alemanha. A competição faz com que a maior economia da União Europeia seja o país com mais torneios em nível ATP 500 em todo o calendário, são eles: Munique, Hambugo e Halle, sendo os dois primeiros no saibro e o último na grama.

O país é o terceiro mais presente no calendário da ATP sediando quatro eventos. A Alemanha está empatada com a Espanha, que também recebe quatro torneios no ano, sendo um Masters 1000 (Madri), um 500 (Barcelona) e dois 250 (Mallorca e Gijon). A Espanha também tem sediado as finais da Copa Davis, que é um torneio presente ao calendário, mas pertencente a Federação Internacional de Tênis (ITF).

Os países que mais recebem do calendário são: a França, com cinco torneios, incluindo Roland Garros e Paris-Bercy; e os Estados Unidos com nove eventos. No território
americano são disputado o US Open, três Masters (Indian Wells, Miami e Cincinnati). Em 2025, os americanos terão um torneio a menos que em 2024.

O calendário de 2025 ainda realizou algumas mudanças fortes de datas para alguns eventos. Originalmente disputado em julho, no início da segunda gira norte-americana no piso rápido, o torneio de Los Cabos deixa fevereiro, mês em que foi disputado nas duas últimas temporadas e volta para julho, dividindo a semana com os torneios europeus no saibro de Bastad, na Suécia, e Gstaad, na Suíça.

O ATP 500 de Hamburgo também sofre grande movimentação e deixa a segunda fase da gira europeia no saibro, em julho, para ser disputado na semana prévia a Roland Garros, em maio, na primeia fase da gira.

Recém chegado ao calendário, o ATP 250 de Bucareste, na Romênia, terá sua primeira edição em 2024 na terceira semana de abril e em 2025 abrirá a temporada europeia no saibro na primeira semana de abril, dividindo a semana com o ATP de Houston, nos Estados Unidos e Marrakech, no Marrocos . O torneio marroquino segue como único africano em todo o calendário.

Continentalmente falando, as giras do leste asiático e da Oceania não passaram por mudanças. A temporada 2025 abrirá em terras australianas com a disputa da United Cup e do ATP de Brisbane, simultaneamente ao recém chegado ATP de Hong Kong. O calendário segue com os torneios de Adelaide e Auckland, na Nova Zelândia e passa para o Australian Open.

Programadada para setembro e outubro, a gira do leste asiático abre com as disputas dos torneios chineses de Chengdu e Zhuhai, que são simultâneos ao recém chegado ao calenário ATP 250 de San Francisco, nos Estados Unidos, segue para os 500 de Pequim e Tóquio, no Japão, seguidos do Masters de Xangai.

Já a gira sul-americana no saibro permanece em fevereiro na temporada 2025, porém menor com a perda do ATP 250 de Córdoba. Assim, a gia deixa de ter quatro semanas e passa a ter três com Buenos Aires, na Argentina, o Rio Open e Santiago, no Chile.

Os donos da data de Córdoba, na Argentina, que abria a gira local, acertou sua mudança para Mallorca. O torneio espanhol vendeu seus direitos de 250 para Doha.

As re-classificações de eventos e alterações de datas já são as em maiores quantidade que o calendário 2008, que alterou distribuição de pontos em alguns eventos e mudou as obrigatoriedades dos atletas do top 50.

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