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Bublik dispara contra tenistas que pedem atendimento médico

Domingo, 17-12-2023 15:13

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Tênis Profissional

Alexander Bublik foi enfático contra tenistas que fingem lesões.



“Sempre quero vencer, mas no tênis você nunca pode prever quando vai conseguir mostrar o seu melhor nível. Você pode estar treinando muito bem, mas no dia da partida há algo em nível pessoal que te confunde e é impossível ter um desempenho. A diferença entre os top 5 ou top 10 dos demais é que eles são capazes de vencer jogos sem ter um dia bom, mas tenho muitos problemas com isso. É difícil para mim ganhar jogos se não me sentir bem, mas este ano trabalhei muito e consegui ter um ótimo desempenho em várias semanas", explica o jogador cazaque. “Curiosamente, essas semanas boas vieram depois de outras em que cometi falta ou nem competi”, declarou.

O cazaque explicou o que é o tênis para ele: "É um jogo, uma parte importante da minha vida e um sonho de infância que se tornou realidade. Talvez as pessoas pensem que eu não queria isso, mas quando criança eu me olhava no espelho e me via competindo em grandes estádios.  Se minha carreira terminasse hoje, eu não me censuraria de forma alguma, sairia com um sorriso porque não tenho nada a provar a ninguém. Muitas pessoas ficaram escandalizadas anos atrás com as coisas que eu disse, mas agora eles me entendem muito melhor, até porque evoluí. Só um tolo não é capaz de mudar de ideia e há um ano e meio percebi que adoro tênis e que estou vivendo um sonho”, disse Bublik.

“Os tenistas tendem a entrar na nossa bolha e considerar que tudo na vida é tênis, mas é preciso ir lá e entender os problemas dos outros. Gosto de ler livros, ir ao cinema, ao teatro. Ter equilíbrio entre a vida real e a de um tenista. Quero jogar do jeito que gosto, se tentar outra coisa vou acabar mentalmente quebrado. A vida me deu a oportunidade de me dedicar a algo que gosto e no qual gosto posso escolher como eu trabalho”, apontou.

Ele apontou que há problemas no vestiário: "Não somos uma grande família no circuito. É muito difícil ser amigo de alguém que você vai enfrentar mais tarde. Aprendi a perder com mais dignidade. Posso me insultar, quebrar minha raquete e fazer coisas estúpidas, mas procuro sempre não desrespeitar o adversário. Aí rola muita fofoca. Se você chegar no vestiário e se comportar mal, deveria vir um peso pesado te repreender, mas hoje em dia, se isso fosse feito, o tenista iria reclamar para a ATP. Outro exemplo são as trapaças e interrupções que são feitas durante as partidas. Agora chamam isso de jogos mentais. Mas os ruins são aqueles que quebram raquetes, não aqueles que trapaceiam parando o jogo para solicitar atendimento médico sem ser ferido", confessou.

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