Jogadoras se revoltam contra a WTA

Após uma série de reuniões e discussões entre as jogadoras no WTA 1000 da China, foi enviada uma carta de 3 páginas no dia 5 de outubro à entidade que organiza o circuito.

Aryna Sabalenka (1ª) e outras tenistas importantes, incluindo Elena Rybakina (4ª), Marketa Vondrousova (6ª) e Ons Jabeur (7ª), assinaram a carta, que solicitava um calendário mais flexível, assistência infantil ampliada, salários mais altos e representação oficial no conselho de jogadores da WTA por sua própria organização independente de jogadores - o PTPA. Iga Swiatek teria enviado sua própria carta à WTA.

A carta terminava com um pedido de “uma resposta escrita e com soluções concretas a cada melhoria solicitada com um compromisso claro da WTA de resolver as questões mencionadas acima até sexta-feira, 13 de outubro”. Hoje é 31 de outubro e as jogadoras não receberam uma resposta por escrito.

O Diretor Executivo da PTPA, Ahmad Nassar, enviou uma carta ao líder da WTA, Steve Simon. Nessa carta, Ahmad afirmou que Simon lhe disse que os líderes da WTA queriam falar diretamente com os suas atletas, sem os seus treinadores, agentes ou influências externas. Já Nassar afirmou que a falha da WTA em responder à carta das jogadoras “reforça a percepção da falta de vontade de se envolver e inovar de forma significativa”.

Os pedidos da carta incluíam pagamento garantido de US$500.000 para jogadoras entre as 100 primeiras colocadas no ranking. US$200.000 às classificadas entre 101ª e 175ª posição. E US$100.000 para jogadoras entre a 175ª e 250ª colocação.

As jogadoras também solicitaram indenização caso não possam jogar por lesão ou de uma pausa para ter um filho. Elas também querem o direito de auditar os registros financeiros dos seus torneios, o que atualmente não podem fazer. Estas são algumas das questões com as quais as jogadoras da WTA lidaram este ano.

Este foi também o terceiro ano consecutivo em que as jogadoras ficaram no escuro quanto ao local do WTA Finals. Os jogos estão sendo realizados esta semana em Cancún, no México. Várias tenistas estão se manifestando sobre as condições da quadra e a falta de preparação para o evento. Elas só puderam treinar na quadra central um dia antes do início do torneio, e por isso, realizaram a maior parte do treinamento em duas quadras de hotel.