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SP Open é fundamental para desenvolvimento do tênis brasileiro, dizem dirigentes

Terça-feira, 03-06-2025 17:23
Tênis Profissional

Por Ariane Ferreira - Foi apresentado nesta terça-feira o projeto do SP Open, primeiro WTA realizado no Brasil em 25 anos, que reuniu ex-tenistas, autoridades como o prefeito da capital, Ricardo Nunes, e do tênis, com quem o Tênis News falou com exclusividade.



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Principal torneio da América do Sul ao lado do WTA de Bogotá, na Colômbia, o SP Open será realizado entre 6e 14 de setembro na capital paulista, no Parque Villa Lobos, com presença confirmada das principais atletas do país.

O Tênis News conversou com o presidente da Federação Paulista de Tênis (FPT), Danilo gaino, e da Confederação Brasileira de Tênis (CBT) Alexandre Farias, para compreender o impacto que um evento deste pode ter efetivamente na manutenção e fomento do tênis feminino do estado e do país.

"Para a gente é muito importante que as federações são responsáveis pelo fomento do esporte, para as crianças darem o primeiro passo para entrarem no esporte. Um evento dessa magnitude para São Paulo, isso é muito importante para nós, e para o público em geral, que tem a oportunidade de ver grandes jogos aqui no quintal de casa", ressalta o presidente da FPT.

Pregando um serviço unitário de federações e Confederação na construção do esporte nacional, o presidente da CBT vê um futuro além do atual momento do esporte feminino brasileiro e já fala em mais crescimento: "Quando a gente recebe essa notícia, essa possibilidade de fazer um grande evento feminino no Brasil, dos quais nós já temos alguns, mas o maior evento feminino no Brasil, eu acho que isso é algo fantástico, para solidificar o momento do tênis feminino no Brasil", destaca ele ao pontua que até este meio de temporada já foram realizados 4 ITFs femininos no país - dois em Vacaria (RS), um em São Paulo e outro em Leme (SP) e que ainda serão realizados outros quatro torneios nível ITF femininos até o fim da temporada: Rio Claro (de 7-14 de julho), dois em São Paulo ( 14-20/07; e 29/09 a 05/10), São João da Boa Vista (SP de 6-12/10), todos nível US$ 35 mil.

"Com o apoio das federações, dos promotores, da comunidade do tênis de modo geral, eu acho que é um processo que veio para ficar. Eu acredito que em um futuro não muito distante nós não vamos ter só um WTA 250, nós vamos ter outros torneios, que çá da mesma envergadura, para que possamos ainda mais capitalizar esse bom momento do tênis brasileiro e trazer novas revelações, além das grandes tenistas que nós já temos, e nós temos aí nas categorias de base, no Infanto Juvenil, jovens atletas trilhando esse caminho, das grandes tenistas brasileiras que nós tivemos no passado, que nós temos hoje no presente, e que só nós vamos ter no futuro", completou o presidente da CBT.

Para as duas autoridades jogar em casa tem uma importância além do pessoal, que é estar em uma rara oportunidade jogando diante da família, amigos e torcida, mas uma oportunidade financeira: "Viajar hoje está muito caro. A partir do momento que grandes promotores, que as federações e a própria confederação conseguem viabilizar grandes torneios no Brasil, facilita muito para que as nossas atletas possam jogar aqui, gastar em real, ganhar em dólar acima de tudo, pontuar para o ranking da WTA", pontua Farias que vê esse elemento como de "fundamental importância para o crescimento do tênis brasileiro feminino".

Mesmo sem o orçamento de federações grandes e tradicionais, como a americana, francesa, inglesa e australiana, que possuem o faturamento dos quatro Grand Slam (US Open, Roland Garros, Wimbledon e Australian Open), o Brasil tem "feito mais com menos" graças a união de forças entre entes públicos, privados, federações e a comunidade do esporte no país, afirma o presidente da CBT, que vê na brasilidade um elemento a mais de sucesso para os atletas do apís.

"Os fenômenos brasileiros que nós temos, além de serem excepcionais jogadores, no primeiro momento, João Fonseca e Bia (Haddad), o tenista brasileiro é extremamente carismático e eles estão cativando o mundo pelo jeito de ser deles. E nós temos outros atletas vindo logo atrás, principalmente a Naná (Nahuany Silva) e a Vitória (Barros). Então, eu acho que a gente vai crescer muito nesse aspecto. O Brasil vai se tornar um país com tenistas extremamente carismáticos, que vão ganhar o mundo", pontua.


"Todo mundo caminhando no mesmo objetivo, numa mesma direção e eu tenho certeza, repetindo aqui, que nós vamos atingir os nossos objetivos no futuro muito próximo",  completa ele a respeito do objetivo de ter consolidados atletas entre os 100 melhores do mundo tanto no feminino quanto o masculino e um aumento exponencial de praticantes do esporte, além de consistente renovação.

Para seguir rumo a essa objetivo, explica Danilo Gaino, as federações têm procurado fomentar cada vez mais a prática do esporte e ser o primeiro canal rumo a profissionalização.

"A gente tem alguns torneios de entrada, que é da federação, e algumas parcerias com alguns políticos, vamos dizer assim, fazendo alguns projetos sociais em cidades do interior para continuar o fomento, para dar oportunidade a essas crianças carentes de também praticar o esporte", conta Gaino.

Farias então revela que a CBT tem trabalhado em um projeto focado em tênis para crianças em todo o país, que deve ser apresentado ao público entre julho e agosto deste ano.

Questionados se a federação e a confederação conseguem ter noção da demanda do público para um evento como SP Open, o presidente da FPT revela que já há uma espera ansiosa pelos ingressos, mesmo sem a confimação, até hoje, de quem competiria no evento. " Acho que vai ter uma demanda muito grande, o pessoal está esperando a abertura dos ingressos já para começar a comprar. Eu moro no interior de São Paulo (Leme), e o pessoal de lá, do interior, está todo mundo ansioso para esse evento. Eu tenho a certeza que é sucesso de público garantido".

O presidente da CBT também percebe movimento similar ao realizado para o Rio Open com demanda não apenas local, mas nacional: "Nós já temos isso no Rio Open, que é o dobro e mais um pouco da capacidade da arena que vai ser montada aqui no WTA 250, e realmente, muita gente vai ficar de fora. Eu ouso dizer que hoje o público que consome o tênis ele é infinitamente maior e vou chutar o número 10, 15 vezes, 20 vezes maior do que as nossas arenas instaladas para esses grandes torneios. Eu acho que o tênis está em um crescimento exponencial, uma verdadeira progressão geométrica".

O SP Open será disputado no Parque Villa Lobos, um dos espaços públicos da Prefeitura da capital paulista sob administação privada. O torneio ocupará ceca de 40 mil m², num estrutura com seis quadras, das quais três apenas para competição: Central  com capacidade para 2.500 espectadores, Quadra 1 e Quadra 2, ambas com capacidade para 400 pessoas. 

Os ingressos estarão a venda na segunda quinzena do mês de junho, com pré-venda exclusiva para clientes Claro.

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