Nadal não joga Roland Garros e se aposentará em 2024

Rafael Nadal anunciou, nesta quinta-feira, em sua academia, a Rafa Nadal Academy, sua ausência em Roland Garros, pela primeira vez após 18 anos de participação com 14 títulos.

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O espanhol disse que estava em um nível muito baixo nos treinamentos e não conseguiu chegar bem a tempo do torneio. Com uma lesão no quadril desde o Australian Open, ele afirmou que fará uma parada de alguns meses a mais e pode ser que volte a jogar ainda no fim desde ano, talvez na Copa Davis.

Outro anúncio importante foi a preparação e o planejamento para que 2024 possa ser o ano de sua aposentadoria, jogando os torneios que mais gosta.

"A lesão que contraí na Austrália não evoluiu como gostaríamos. Trabalhamos todo o momento sem parar em busca dos objetivos e culminando com Roland Garros. Mas no dia de hoje posso dizer que é impossível e não vou poder estar em Roland Garros depois de muitos anos sem faltar. Esse torneio pra mim pode imaginar o quão difícil é tomar a decisão que não sou eu que tomo e sim meu corpo . Não tenho a intenção de seguir jogando nos próximos meses. Foram últimos anos que os resultados foram de primeiro nível e o dia a dia o nível foi muito baixo. De fora se olha os momentos bons, as vitórias, é isso de que se trata o esporte. Mas a nível pessoal foram anos difíceis principalmente depois da pandemia . Me custou ter uma continuidade em todos os sentidos sobretudo por culpa do físico com lesão atrás de lesão. Quando não se pode fazer algo com felicidade isso afeta a vida pessoal . Foram anos complicados mesmo que com vitórias importantes", disse o espanhol que seguiu

"Sigo sem estar preparado para competir no nível que necessitaria . Necessito colocar um ponto a parte do que é minha carreira esportiva e tentar regenerar meu corpo nesses meses seguintes que virão. Não vou colocar uma data de retorno, quando me sentir preparado voltarei a começar , poderia ser um objetivo chegar ao final do ano e poder jogar a Copa Davis se o capitão considerar adequado. E encarar o ano que vem com garantias com o que viria a ser, creio que será meu último ano. O objetivo é parar agora para encarar o meu último ano e pelo menos com garantias de poder desfrutar. Se eu seguisse jogando este ano creio que isso não poderia ocorrer no ano que vem e quero dar a oportunidade que isso ocorra. Que ano que vem possa jogar os torneios que marcaram na minha carreira".

"Estou bem, mas triste. Perdi uma temporada importante pois à nível tenístico me sentia preparado para lutar pelas coisas importantes que seguia lutando todos esses anos, mas ao nível físico não é assim. É preciso aceitar as coisas. Posso ficar triste, que é o que faço, mas olhar para o futuro. Tenho outras coisas boas no meu dia-a-dia que me ajudam a desfrutar a vida. Sem drama, afinal preciso agradecer o que me aconteceu. Não se pode ficar exigindo mais e mais do corpo que em algum momento ele levanta a bandeira."

Sobre suas perspectivas para 2024 ele disse: "Eu não sei. Posso ter algumas intenções, ilusões, mas não se pode controlar as coisas. Se serei competitivo para voltar a lutar por Grand Slams eu não sei. É uma parada que não é daqui por diante, mas sim desde janeiro. Eu não sou nada irracional, mas também não sou uma pessoa negativa. Vou me dar a oportunidade de voltar a competir. Vou tentar para que meu último ano não seja apenas de passagem, vou tentar que seja para competir ao mais alto nível. Chegar nessa época de torneios de saibro para tentar ganhar os torneios. Vou lutar para isso. Mas o que será, eu não sei".

Sobre os torneios que ele deseja jogar no último ano, ele pontuou: "Ainda vou ver o que jogarei, mas claro que a Olimpíada é uma das competições que adoraria jogar. Se será meu último evento ou não, isso não posso dizer".

"Vou parar, não vou treinar, não estou para seguir treinando. De muitos momentos de frustração, diria que sou bastante tolerante a isso, há um momento que preciso colocar freio . Necessitava parar pois caso contrário não creio que poderia chegar no ano que vem . Nos custou muito encontrar uma continuidade de trabalho. Necessito eu e todos ao meu lado, de uma desconexão. Todos sofrem de uma maneira ou de outra e a recompensa única é a vitória. É o momento de parar e dizer ao corpo para regenerar e depois quando tiver preparado voltaremos".