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Mauresmo confirma que há homenagem preparada para despedida de Nadal

Quinta-feira, 23-05-2024 17:02

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Tênis Profissional

Apesar de não ser oficial a aposentadoria e despedida do espanhol Rafael Nadal das quadras em Roland Garros, o torneio, a exemplo do Masters de Madri e do ATP 500 de Barcelona, ambos a Espanha, já preparou uma homenagem especial ao seu campeão em 14 oportunidades.



Em entrevista a Eurosports da França, a ex-número 1 do mundo e atual diretora do torneio foi questionada se acredita mesmo que esta é a última vez de Nadal competindo na capital francesa.

"Na verdade, dou um passo atrás, no sentido de que é ele quem está no controle da coisa. Eu sei que vemos isso, é o corpo dele que vai ditar essa decisão. Então, sou um pouco filosófico sobre tudo isso. Claro, queremos vê-lo em Roland Garros. Ele está em casa. Ele mesmo diz: é o torneio mais importante de sua carreira. Rafa e Roland Garros, a história deles está intimamente ligada. Então sim, queremos vê-lo novamente aqui", declarou ela.

Mauresmo ainda destacou que Nadal tem parecido melhor fisicamente nas últimas semanas: "Fisicamente não tenho a impressão de que ele tenha tido problemas nos últimos torneios que disputou".

A ex-número 1 foi questionada se o torneio já preparou uma homenagem para o momento de despedida de Nadal e contou: "Claro que pensamos nisso. Estamos pensando nisso há muito tempo. Gosto de fazer as coisas sentindo, como aqueles a quem agradecemos. Sem te revelar nada, porque não vou te revelar, mas o que você tem que ter em mente é que provavelmente o Rafa é uma pessoa simples, que gosta muito de emoção, ele é próximo para as pessoas, ele é um competidor extraordinário. Tentaremos ter essas palavras em mente para pensar no que vamos oferecer a ele".

Sob comando de Mauresmo pela primeira vez, o torneio de Roland Garros tem uma série de homenagens a serem prestadas. Durante o qualificatório, o evento viu a despedida do duas vezes vice-campeão (2018 e 2019), o austríaco Dominic Thiem e do semifinalista em 2020, o argentino Diego Schwartzman. O torneio ainda marcará a última partida da carreira da francesa Alizé Cornet, ex-top 20.

Não oficialmente, tudo indica que este pode ser ainda o último Roland Garros do suíço, campeão do torneio em 2016, Stan Wawrinka, e do escocês, ex-número 1 do mundo, Andy Murray. Os dois, inclusive se enfrentam na primeira rodada.

Sobre este fato, Mauresmo, que foi responsável pela evolução de Murray no saibro e como treinadora o levou ao posto de número 1, comentou: "Tenho uma ligação especial com Andy. Acho que ele também é capaz de fazer coisas muito, muito difíceis consigo mesmo, com muita dor. Já o vi sofrer também e já faz um tempo porque parei de trabalhar com ele em 2016. Então, há muito tempo ele suporta fisicamente coisas que não são necessariamente muito agradáveis. E eu sei disso com certeza, às vezes ele quer continuar, às vezes ele quer parar. Só espero que ele encontre o momento certo para si mesmo, para o seu corpo, especialmente na sua cabeça, dizer para si mesmo: “OK, agora é a hora de parar tranquilamente”. Se for o último, será o último. Se não for o último, voltaremos a vê-lo e isso é bom. Mas só para ele ficar tranquilo com tudo isso".

A francesa ainda foi questionada se Roland Garros deve coisas a Nadal e ela foi sincera: "É muito difícil colocar em palavras, saber exatamente o que é. A lenda entre os dois, não sei, não encontro a palavra que descreva, mas é 'única'. Para mim, é 'único'. O torneio tem sua história com o Rafa e isso vai ficar para a vida toda porque a priori ninguém vai conseguir igualar o que ele conseguiu fazer aqui. O mito fez o torneio crescer também, claro. Física e mentalmente, é um desempenho incrível. Em cerca de 20 anos, nem isso, 18 anos de Roland Garros, vencer 14 vezes é irreal. Em melhor de 5 sets, estamos numa superfície que é provavelmente a mais exigente do circuito durante todo o ano. Para mim, esta é uma das maiores conquistas do esporte em geral", opinou.

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