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Collins mantém mistério após semi em Miami: 'Não revelarei meus segredos'

Quarta-feira, 27-03-2024 20:24

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Tênis Profissional

Danielle Collins, número 53 do mundo, atingiu, nesta quarta-feira, sua segunda semifinal de WTA 1000 em sua carreira, ambas em Miami. Ela passou com tranquilidade por 6/3 6/2 diante da francesa Caroline Garcia.



A tenista faz sua última temporada e mesmo no final da carreira não quer revelar seu segredos: "Muitos livros de psicologia do esporte que tratam de competições de alto nível costumam tratar do conceito de ‘estar na zona’, que é basicamente ter a sensação de acertar uma bola de praia, entendo que seja uma sensação parecida com essa. É positivo, mas já tive outros momentos em que joguei muito bem e fui longe nos torneios. É como sair um dia para jogar golfe: você pode ter um dia ruim e perder todas as tacadas. No momento estou cronometrando muito bem a bola, fiz alguns ajustes físicos que me ajudaram a controlar mais os golpes e ganhar precisão. Às vezes é difícil executar essas mudanças, são pequenos detalhes, mas estão me ajudando a ser mais consistente e mais sólida na quadra.”

“Não quero revelar os meus segredos, venho trabalhando neles há muito tempo ao longo da minha carreira, mas o principal sempre foi ter mais controle corporal. No nosso esporte, com tanta rotação, há uma tendência de girar muito, de usar muita força, mas ainda estou ajustando. Acho que melhorei muito na força do meu core, isso me ajuda a ficar um pouco mais parada. Tenho trabalhado com vários treinadores ao longo dos anos, mesmo nos níveis mais básicos, há alguns aspectos simples mas corre-se o risco de os esquecer. Mesmo nesses níveis, ouço muitos treinadores dizendo aos seus jogadores para manterem seus corpos sob controle, para ficarem parados.”

“Penso nisso de maneiras muito diferentes, mas também não penso muito nisso. Ser atleta profissional te consome dia a dia, preparando cada rotina, mantendo as forças, não tenho tempo para pensar em nada. Vou me aposentar no final do ano, isso não vai mudar, embora possa não ter tanta pressão agora, só me restam mais alguns torneios. Não tenho tempo para sentar e refletir, ou aprofundar meus pensamentos, estou muito consumida por tudo que envolve esse esporte. Neste momento sinto-me relaxada, jogo mais golfe, corro mais, faço Pilates... não sei, faço coisas diferentes."

Ela foi perguntado do motivo da aposentadoria mesmo jogando bem: "É interessante como muitas vezes tive que justificar minha decisão de me aposentar, acho que se eu fosse homem não teria tantas dúvidas ao meu redor. Há muitos anos convivo com uma doença inflamatória crônica que me afeta na hora de engravidar, então me afeta diretamente pessoalmente, como já expliquei diversas vezes. No final a escolha é minha, isso vai além da carreira no tênis. Estou gostando da jornada, ainda estou curtindo na quadra, adoro vir aqui e competir, mas no final das contas é uma decisão tão grande quanto a vida. Acho que teria que ser bastante compreensível."

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