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Grand Slam Player Development Programme

Terça-feira, 14-06-2022 10:05

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Tênis Profissional

Por Leandro Afini, Head Coach da Rio Tennis Academy - Passei as últimas seis semanas acompanhando 8 atletas da Grand Slam Player Development Programme, projeto que faço parte há cinco anos. 



O GSPDP é um projeto da Federação Internacional de Tênis, que recebe recursos dos quatro torneios de Grand Slam. 

Australian Open, Roland Garros, Wimbledon e US Open investem e colaboram com esse projeto, onde uma das vias de atuação é a formação de equipes de jogadores para disputar eventos juvenis (J2, J1, JA e Grand Slams) e profissionais (25K, 60K e 100K).

O GSPDP é um projeto que existe desde 1986 e já investiu mais de 65 milhões de dólares no desenvolvimento do tênis.

Nessa última gira fizemos quatro semanas na Itália, uma na Bélgica e terminamos em Roland Garros. Na Itália fomos para dois eventos J2, um em Salsomaggiore e outro em Prato, seguidos por um torneio J1 em Santa Croce, o JA em Milão (Trofeo Bonfiglio), outro J1, dessa vez em Charleroi, o Astrid Bowl, na Bélgica, e finalizamos em Roland Garros.

Na equipe feminina, fizeram parte da equipe as atletas Melisa Arcan (Turquia), Madeleine Jessup (Taiwan), Malak El Allami (Marrocos) e Aya El Aouni (Marrocos).

A equipe masculina foi composta pelo Jangjun Kim (Coreia do Sul), o Aleksa Psaric (Sérvia), o Michal Krajci (Eslováquia) e Benjamin Torrealba (Chile).

Comigo na equipe técnica estavam a coach Vanja Stuhli (Bósnia) e o preparador físico Carlos Valle (Espanha).

https://www.tenisnews.com.br/images/medias/afini22med2.jpg

A ITF faz a seleção dos atletas através de ranking versus idade. Dependendo do ano de nascimento do atleta, existe um critério de ranking para que ele possa fazer parte das equipes. Todas as despesas dos atletas e equipe técnica são custeadas pelo projeto.

Nessa gira, nossos atletas mais novos eram Jangjun Kim e Malak El Allami, ambos com 15 anos e o mais velho tinha recém-completado 17 anos. Ou seja, todos com, no mínimo mais 2 anos de circuito juvenil pela frente.

Por se tratar de jovens atletas, com rankings entre 90 e 180 do mundo, tivemos excelentes resultados na gira, com finais, semis e quartas em quase todos os torneios e com Aya El Aoui furando o quali de Roland Garros e ganhando uma rodada na chave principal. Todos os atletas melhoraram seus rankings de simples e duplas, após o final da gira.

A próxima gira de torneios será em Wimbledon com mais três semanas, onde a Head Coach do projeto, Roberta Burzagli estará a frente das equipes, seguido em agosto por Canadá e Estados Unidos finalizando no US Open. Fechando o ano, faremos a gira México e Estados Unidos que é finalizada com o Eddie Herr e Orange Bowl,.

As equipes têm algumas variações ao longo do ano, mas a base não muda tanto, são de quatro até cinco tenistas, mas já tivemos equipes de 22 atletas, que foram acompanhados por seis coaches.

Como sempre acompanhamos atletas 15, 16 até 17 anos, nossos jogadores das turmas de 2018/2019, que hoje estão com 19 ou 20 anos, já começam a ter resultados no circuito profissional com diversos atletas fazendo semis e finais de torneios de US$ 15 e 25 mil e já se aproximando do top 500 ATP e WTA. Além disso, diversos atletas já fazem parte das equipes Billie Jean Cup e Davis Cup, representando seus respectivos países.

Quem quiser saber mais detalhes sobre o programa, acesse o site https://www.itftennis.com/en/growing-the-game/grand-slam-player-development-programme/


Sobre Leandro Afini

Head Coach da Rio Tennis Academy, no Rio de Janeiro, Leandro Afini é natural de São José dos Campos (SP) e treinador de tênis há 25 anos. Faz parte do Grand Slam Player Development Programme e do Comitê Juvenil e de Transição da Confederação Brasileira de Tenis. Como técnico, atuou no desenvolvimento de atletas como Thomaz Bellucci, Felipe Meligeni, Carol Meligeni, Igor Marcondes, Iryna Shymanovich, Ingrid Martins, Aziz Dougaz, entre outros.

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