O capitão italiano Filippo Volandri soube esta semana que não terá seu número 1, Jannik Sinner, para a defesa do título na Copa Davis, e em entrevista ao jornal italiano Gazzetta dello Sport falou de como lidará com o tema e manteve a porta para caso Sinner repense sua decisão.
Volandri destacou já no início da entrevista que tem um time forte, mas lamenta sim a ausência de “seu jogador mais forte”.
“É uma decisão que, como disse o presidente (Angelo) Binaghi [Presidente da federação italiana FITP], dói, mas não é a primeira nem a última vez que acontece. Acontece com todos os jogadores, até mesmo os melhores. (Alexander) Zverev não joga há anos, nem (Roger) Federer ou (Rafael) Nadal. Há temporadas que levam você a chegar a certos momentos em condições físicas e mentais diferentes. Ainda estamos no final da temporada, e cada ano é diferente. Para Jannik, esta tem sido uma temporada especial, e todos nós sabemos disso”, destacou Volandri.
Filippo Volandri ainda pontua que as duas últimas temporadas foram “muito difíceis” para Sinner “pela razão que todos conhecemos”, destaca em relação ao processo de doping que o vice-líder da ATP sofreu e ponderou que mesmo assim, ao fim de 2024, Sinner “extraiu até a última gota” de suas condições para defender o país na Davis.
O capitão italiano ainda pontua que todos, inclusive ele, precisam ponderar muito as questões físicas e de calendário, em especial na disputa da Copa Davis que se dá ao fim da temporada quando todos no circuito estão ‘muito desgastados’. Questionado se acredita que Sinner pode mudar de ideia e jogar, ele foi direto: “Continuamos disponíveis, a porta está aberta, mas não espero nenhuma mudança”.
Volandri contou que encontrou Sinner em Viena e conversou tanto com o jogador quanto com sua equipe e família.
Perguntado sobre a Davis e as discussões de uma mudança para encurtar o calendário profissional, Volandri opinou: “Acredito que não deva necessariamente ser disputada todos os anos. E, acima de tudo, precisa de um posicionamento melhor: (a Copa Davis) não pode ser realizada na última semana da temporada, quando todos estão exaustos. Se o consideramos importante, precisamos dar-lhe o lugar que merece. O problema é que é um evento da ITF em um calendário da ATP que não deixa espaço para outros”.
