Depois de más partidas nas semanas anteriores, problemas físicos e traumas psicológicos, Stefanos Tsitsipas, 27º, superou Thiago Wild por 6/2 6/1 e destacou surpresa com sua boa forma no triunfo do primeiro dia de Brasil x Grécia, empatando por 1 a 1 o confronto em Atenas.
“Eu estava bem, me senti bem — não esperava me sentir tão bem”, disse o tenista de 27 anos em entrevista coletiva, comentando sobre sua condição física: “Minha única preocupação era se eu conseguiria jogar a partida sem os eventos da minha última partida no US Open, onde foi muito difícil para mim jogar o terceiro e o quarto sets. Não pareceu haver nada parecido na partida. Foi um grande alívio poder jogar sem pensar em mais nada.”
Ele acrescentou: “Estou feliz com a forma como me recuperei e como administrei os pontos. Minha maturidade foi impecável e demonstrei ótimas intenções em muitos pontos. Joguei com inteligência, não me apressei, construí os pontos, joguei nos cantos e tomei a iniciativa nas bolas mais rasas.”
Sobre o estádio e a atmosfera, ele disse: “Tivemos a oportunidade de jogar contra o Equador, aqui ao lado, alguns anos atrás, mas a sensação não foi a mesma, porque jogávamos em uma quadra de basquete. Sei que pode parecer errado, porque muitas pessoas vieram nos ver no inverno e com neve. Foi uma das minhas primeiras experiências jogando na Grécia naquela época, em um estádio lotado, mas não há nada como o OAKA aqui, foi uma espécie de sonho, porque desde pequeno eu queria jogar para tantas pessoas. E este é o maior e mais importante estádio de tênis que temos na Grécia. Os Jogos Olímpicos foram realizados aqui em 2004. Para mim, foi um momento mágico, aproveitei ao máximo. Senti orgulho de ser grego e isso me encheu de vitalidade. Em turnê, não tive a oportunidade de me conectar tanto com o público grego. É muito diferente do público grego que me vê na TV me apoiando da quadra à sua maneira, com a nossa própria cultura, o que me aproxima do tênis, me faz apreciá-lo ainda mais. Foi um dos momentos mais emocionantes que tive na Grécia. momentos que nunca esquecerei.”
Sobre o futuro da equipe na Copa Davis, ele disse: “Estamos construindo uma equipe muito interessante, com jovens talentosos que querem trabalhar, demonstrando muita disciplina. Não sei se sou a inspiração deles ou não, mas tê-los ao meu lado e poder orientá-los depois de quase 10 anos jogando no circuito, acho que ajuda muito a equipe. Mas também temos uma equipe ao nosso lado que nos ajuda à sua maneira. Estamos cada vez mais apegados à disputa pela Copa Davis. Meu sonho, como eu disse, é ganhar a Copa Davis e, acredite, isso me daria muito mais satisfação do que um título de Grand Slam. Parece loucura, mas poder fazer do tênis um esporte coletivo e vivê-lo em equipe, com um clima de equipe, não é comum e lhe confere uma atmosfera de futebol e basquete. Não se pode fazer isso em outros esportes individuais. Também na Copa Davis, represento a Grécia de uma maneira diferente; é apenas o nosso país, e tal sucesso não só trará muito otimismo para o futuro do tênis grego, mas também aproximará muitas crianças do esporte.”
Sobre a partida deste domingo contra João Fonseca, o quarto jogo que poderá definir o confronto seja para a Grécia ou para o Brasil: “Ajudou o fato de termos treinado, sabermos como cada um joga e a bola do outro. Não sei o que vai acontecer amanhã, mas espero que seja uma boa partida.”








