Mateo Reyes, 825º do mundo, foi suspenso provisóriamente no último dia 7 de julho por ter testado positivo no antidoping realizado em maio deste ano durante a disputa do Challenger de Bogotá, na Colômbia. Reyes não é o único suspenso por testes realizados no mesmo torneio.
Além tenista brasileiro, a Agência Internacional de Integidade no Tênis (ITIA) anunciou que o peruano Conner Huertas del Pino de 29 anos e o colombiano Andrés Urrea de 30 anos, também foram suspensos provisoriamente. Os três testaram positivo para a mesma substância: boldenona, que é um agente anabólico presente na listagem S1 de substâncias não-específicas proibidas pela Agência Mundial Antidoping (WADA).
Esta não é a primeira vez que tenistas testam positivo para esta substância ao disputarem torneios na Colômbia. Entre os tenistas punidos pela presença de boldenona em seus testes estão o colombiano e ex-número 1 do mundo nas duplas Robert Farah, o brasileiro Nicolas Zanellato, a britânica Tara Moore e a chilena Barbara Gatica, estas duas últimas testaram positivo na disputa do WTA de Bogotá em 2022; Zanellato testou positivo em 2024 quando ele disputou o Challenger de Ibagué, também na Colômbia; Já o caso de Robert Farah ocorreu em 2020.
Em todos os quatro casos citados, os tenistas foram considerados inocentes ou por “contaminação sem intenção” por parte da ITIA. Em seus processos, os tenistas provaram que a contaminação que sofreram foi cruzada, por meio de consumo de carne bovina no país.
Este será o mesmo caminho que a defesa de Mateo Reyes, que está a cargo do experiente advogado esportivo Pedro Fida, deve seguir. Em comunicado, o brasileiro afirmou estar colaborando com a investigação da ITIA e declarou dua inocência: “Reafirmo com toda convicção que nunca fiz uso intencional de qualquer substância proibida e estou determinado a comprovar minha inocência com base em provas”.
Reyes ainda agradeceu à família pelo apoio em declarações publicadas pelo Brasil no Tênis: “Com o apoio incondicional da minha família e da minha equipe de defesa, estou empenhado em esclarecer os fatos e retornar às quadras o mais breve possível”.
A substância
A boldenona é uma substância conhecia como ‘anabolizante de cavalo’ e até utilizada, de maneira inadequada e imprópria, em humanos com intuito anabolizante. Na Colômbia, por sua vez, a medicação veterinária que tem como principal substância a boldenona é autorizada para a criação de gado bovino. Há países, como o Brasil ou a Argentina, em que o uso de boldenona não é indicado para gado bovino.
Por conta deste risco de contaminação cruzada, é que atletas são orientados em documentos oficiais da WADA a evitarem consumo de carne bovina na Colômbia durante competições oficiais, e em especial evitar apresentações de carnes mal passadas.