A polonesa concedeu uma entrevista ao jornal britânico The Guardian e explicou a razão pela qual conseguiu aplicar um 6/0 6/0 pela primeira vez em 114 anos na final de Wimbledon. Iga Swiatek contou estar ansiosa para acessar o clube de Wimbledon agora que é sócia.
“Fico imaginando como seria”, comenta ela ao falar sobre ter recebido o cartão de sócia de All England Club após conquistar o título de Wimbledon este ano. “Com certeza voltarei. Eu adoraria,mas não faço ideia de como funciona. Ouvi dizer que o Roger [Federer] foi barrado uma vez por não ter um crachá ou algo assim, então preciso me preparar”, destacou ela.
Iga faz referência a um fato que ocorreu em 2022 em que Federer, que é sete vezes campeão em Wimbledon, tentou acessar o clube sem estar portando seu cartão de sócio.
Destaque no saibro, piso em que conquistou quatro títulos de Roland Garros nas últimas seis temporadas, Swiatek não teve muito sucesso no piso neste ano e mesmo tendo passado parte de sua carreira com ressalvas sobre como performaria em Wimbledon, ela tem apenas o que comemorar sobre 2025.
“Qualquer temporada que inclua uma vitória em Wimbledon é bem-vinda”, disse a polonesa. “Estou muito orgulhosa dessa conquista. É algo que eu não esperava que acontecesse este ano. Achei que precisaria de mais alguns anos para aprender a jogar na grama e adaptar minhas habilidades à superfície, mas me senti ótima”.
“Nós trabalhamos duro antes de Wimbledon para mudar alguns padrões táticos que eu tinha em mente e que não vinha usando nos anos anteriores. Senti que, dia após dia, meu jogo estava melhorando e aproveitei a oportunidade. Essa vitória mudou tudo”, confessou.
Swiatek venceu na grande final a americana Amanda Anisimova em um estridente 6/0 6/0, a primeira bicicleta de uma final de Wimbledon desde 1911 e ela explicou o que aconteceu: “Eu não estava pensando muito em como ficaria, eu só estava jogando e não queria dar nenhum ponto de graça. Era uma final de Wimbledon e eu queria muito ganhar”.
“Depois, com certeza, aconteceram muitas coisas malucas. Lembro de todas aquelas entrevistas sobre o placar, jornalistas perguntando se eu deveria deixar a Amanda ganhar um game ou algo assim. Foi bem diferente”, confessou.
“Só posso dizer que este torneio mostra que o tênis é um esporte muito mental. Essa parte do jogo tem um impacto enorme em tudo e nos resultados de cada jogador. Estou muito feliz por ter lidado bem com a pressão, porque depois da final, todo mundo estava falando que a Amanda estava estressada ou algo do tipo, mas eu também estava muito estressada; jogar a final de Wimbledon na Quadra Central é uma experiência surreal”, completou.








