O italiano Jannik Sinner, número 1 do mundo, atendeu a imprensa em Londres, logo após vencer o norte-americano Ben Shelton e se garantir na semifinal em Wimbledon e destacou como a experiência e treino respeitando lesão o fez avançar.
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“Estou muito feliz. Foi uma partida muito difícil, eu sabia disso. Tentei ser firme, manter meu saque e ver o que conseguia fazer na devolução. Estou muito satisfeito com o desempenho de hoje”, analisou a partida.
Questionado sobre em que momento ele soube que estaria apto a jogar nesta quarta-feira, o italiano contou: “Ontem treinei 20 minutos sem sacar e sem acertar 100%. Eu estava tentando me colocar em uma posição de pelo menos chegar lá e tentar. Tive uma boa sensação no aquecimento. Mentalmente eu tinha que me preparar, então coloquei na minha cabeça que eu ia jogar hoje. A peocupação não era se eu jogaria ou não, mas apenas a porcentagem. Hoje foi muito alto, então estou feliz”, completou.
Sinner então falou que ao avançar das chaves de torneios, em especial Grand Slams e liderem com certos adversários impõe mesmo sensações: “Não se trata apenas dos grandes palcos, mas também das fases: as quartas de final de um Grand Slam são diferentes, as semifinais ainda mais, e, obviamente, as finais. Você sente isso antes mesmo de entrar em quadra, no aquecimento: você tenta ter uma boa sensação. Também não é fácil enfrentar certos jogadores”.
“Ben (Shelton) é jovem, tem um ótimo saque. Não é fácil jogar contra ele: talvez você tenha uma chance e ele faça aces a 225 km/h. Também é uma questão mental. Eu sempre digo que o tênis é um jogo mental. Então, sim, acho que é uma mistura de experiência, hábito e, obviamente, aprimoramento técnico”, pontuou.
Em sua entrevista coletiva, Shelton disse que ainda está aprendendo a jogar na grama e p italiano explicou porque experiência faz a diferença no piso: “Na grama, você precisa de experiência. Quando você vê saibro, é mais fácil se movimentar. Mas há áreas com grama amarela, onde a bola vai mais rápido no calor. E tem a grama nova, que é diferente. Hoje joguei com tênis completamente novos, para mais aderência. Eu nem tinha experimentado nos treinos, o que não faço em outras superfícies. Na grama, a aderência é a prioridade”.
Jannik Sinner ainda explicou que sua tática pela melhorar é sempe olhar para como ele jogou em determinado piso ou torneio e aprender com isso para evolui: “Ano passado, vi como joguei no saibro e este ano acho que melhorei. Espero seguir o mesmo caminho aqui na grama, tentando entender e acreditar que sou uma jogadora melhor também nesta superfície. Tento me colocar nessas situações, semifinais de Grand Slam, que são oportunidades maravilhosas. Estou feliz por estar aqui novamente e vamos ver até onde posso chegar”.
Vindo de quatro vitórias consecutivas diante do sérvio Novak Djokovic, Sinner mantém os pés no chão: “Espero jogar bem na próxima rodada. Se não, obviamente, não vou ganhar. Novak e eu nos conhecemos melhor; jogamos com frequência e sabemos o que funciona e o que não funciona. Mas nunca o derrotei aqui em Wimbledon, então será uma partida muito, muito difícil”, declarou ele que quer aproveitar o dia de folga.
Por fim, o italiano falou das mudanças recentes na carreira: “Muita coisa mudou para mim nos últimos anos. Antes das partidas, me sinto mais relaxado, digamos, ou mais confiante. Mas, ao mesmo tempo, sei que preciso continuar trabalhando e manter a pressão, porque novos jogadores estão chegando. A nova geração está crescendo. Novak ainda está aqui, Carlos também, e muitos outros. O trabalho nunca para, acho isso emocionante. Espero poder dizer que sou um jogador diferente, uma pessoa diferente. E, espero, mais maduro também”.