Atual campeão do US Open, o italiano Jannik Sinner, número 1 do mundo, conversou com os jornalistas em Nova York na prévia para o torneio e, como não poderia deixar de ser, o assunto central foi sua rivalidade com Carlos Alcaraz e uma análise do que a faz especial.
“É o último Grand Slam que temos nesta temporada, então, a motivação está muito alta. Fisicamente, me sinto bem. Já me recuperei quase completamente, ainda não estou 100%, mas pretendemos chegar lá em alguns dias. Então, devo estar bem para o torneio”, iniciou o italiano que está se recuperando de uma virose que o forçou a desistir da disputa do Masters de Cincinnati na última segunda-feira. de acordo com o tenista, ele não foi o único atleta a ter a virose e que tempo de recuperação e boas noites de sono são o tratamento primordial
Já no início da coletiva, o italiano foi questionado sobre como encara o rótulo de que ele e o espanhol Carlos Alcaraz são a sequência do Big 3 (Roger Federer, Rafael Nadal e Novak Djokovic) e se ele esperava que ambos venceriam os últimos sets Grand Slams.
“Se não continuarmos a melhorar, os outros jogadores vão nos alcançar. Sabe, é só uma questão de tempo. Então, o que eu estou tentando fazer,é entender onde posso trabalhar, e temos certas áreas do jogo nas quais certamente podemos trabalhar.
E, do meu ponto de vista, isso é positivo. Isso só me torna um tenista melhor no futuro”, iniciou ele.
“Ter rivalidades é ótimo. É bom para o esporte, é bom para uma visão pessoal, porque, sabe, às vezes, quando você está cansado no treino, você tenta simular certas coisas porque elas podem acontecer na partida real [motivado pelo rival]”, seguiu.
“E no momento, eu e o Carlos estamos compartilhando, sabe, grandes troféus.Mas, ao mesmo tempo, as coisas podem mudar. Nunca se sabe. Existem jogadores muito, muito bons por aí e no caminho até a final, é muito difícil chegar lá, sabe?
Então, vamos ver se isso continua. Mas, por outro lado, eu sempre digo que temos que melhorar porque os jogadores nos entendem agora como somos, então, veremos no futuro”, concluiu
Questionado sobre o que faz a rivalidade com Alcaraz especial, Sinner destacou que há mais diferenças que similaridades entre eles e isso torna tudo muito especial.
“bem, nós somos dois jogadores diferentes, né? Eu acho que ele é, obviamente, muito rápido em quadra. Então, com outros jogadores, o ponto pode acabar às vezes, mas ele alcança certas bolas ou consegue ler o jogo de uma maneira diferente. Então, sabe, às vezes há jogadas mais longas e nós, obviamente, nos conhecemos melhor agora”, iniciou Sinner.
“É um jogo muito tático. É que ele prepara a partida de uma maneira diferente da que costumava preparar. E nós, minha equipe e eu fazemos o mesmo”, ressalta.
“E temos estilos diferentes, sabe, estilos de jogo, mas também como somos dentro e fora da quadra: nós somos diferentes. Mas, ao mesmo tempo, é ótimo ver, porque torna tudo muito interessante, e a única coisa que temos em comum é que treinamos muito e fazemos escolhas para o tênis. É a nossa primeira prioridade no momento, e tem que ser porque a margem é muito pequena. Pequenos detalhes fazem a diferença, sabe. É interessante ver”, concluiu.
Ao ser questionado se mudaria algo no esporte, qualquer coisa, Sinner foi sucinto: “Eu mudaria muitas coisas, mas não vou te falar o quê”.
