Terá início neste domingo (9/11) a disputa do ATP Finals, torneio que reúne os oito melhores do ano, em Turim. Nesta temporada, o torneio definirá o número 1 do ano em uma disputa direta entre o italiano Jannik Sinner e o espanhol Carlos Alcaraz.
O ATP Finals nasceu com a fundação da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP) na década de 1970 e já esteve em 15 cidades diferentes no mundo, sendo a primeira Tóquio. Desde 2021, a competição é realizada em Turim, no norte da Itália, que por contrato deve seguir recebendo o torneio até 2027.
Atualmente está com a possibilidade de rompimento de contrato dada uma lei aprovada no início do ano pelo Congresso italiano que coloca nas mãos do governo, por meio de uma agência, a realização de qualquer competição esportiva internacional no país, o que vai contra as regras contratuais da ATP.
Na cidade italiana, o ATP Finals é realizado na Inalpi Arena, que foi inaugurada em 2005 como uma arena multiuso focada no recebimento de espetáculos musicais, sendo uma das mais modernas arenas 360º do mundo para espetáculos de música. No mesmo espaço, com capacidade de 15.657 pessoas, é realizado anualmente o ATP Finals após adaptação da estrutura para um piso rápido coberto.
ATP Finals a história
Realizado pela primeira vez em 1970 na capital japonesa, o ATP Finals nasceu sob o nome “The Masters”, numa tradução literal para ‘Os Mestres’; o torneio sempre teve como objetivo reunir os oito melhores da temporada, dando destaque aos campeões dos Grand Slams com classificações diretas.
Com o passar dos anos o torneio mudou de nomes algumas vezes,na década de 1990 chamou-se “The Masters Cup”, que em outros idiomas recebia o nome de ‘Copa dos Campeões’, exatamente por reunir os jogadores que ganhavam os maiores eventos do calendário. Com a reforma do calendário em 2008, passou a ser chamado de ATP Finals.
O maior campeão da história do ATP Finals é o sérvio Novak Djokovic, que tem sete títulos (2022, 2021, 2012 a 2015 e 2008). Aos 38 anos, ele busca nesta edição 2025 seu octacampeonato no Finals.
O segundo maior campeão do torneio é o suíço Roger Federer, que é hexacampeão (2003,2004, 2006, 2007, 2010 e 2011). O suíço é seguido pelo americano Pete Sampras e o tcheco Ivan Lendl com cinco títulos cada. Campeão entre 1971 e 1973 e em 1975, o romeno Ilie Nastase tem quatro títulos. O alemão Boris Becker e o americano John McEnroe seguem a lista com três títulos cada, seguidos pelo australiano Lleyton Hewitt e pelo alemão Alexander Zverev com dois títulos do Final cada.
Considerando países, os Estados Unidos são o maior vencedor do Finals com cinco atletas diferentes e 11 títulos. A Alemanha vem em segundo com três campeões distintos e seis títulos. Argentina, Rússia e Espanha possuem cada um dois campeões diferentes e dois títulos.
Se pontuarmos apenas títulos conquistados, os Estados Unidos são os líderes, seguidos da Sérvia com os sete títulos de Djokovic e a Suíça com os seis títulos de Federer.
O Brasil alcançou o título do Finals em uma única oportunidade, em 2000, com a campanha histórica de Gustavo Kuerten, na campanha em que o registrou como o único a vencer Sampras e Agassi em um mesmo torneio.
Formato e pontuação
O formato de disputa do ATP Final é único no circuito masculino, com a disputa dividida em duas fases: a de grupos e a em eliminação com semifinais e final.
Os oito participantes em simples e oito duplas são sorteados em dois grupos de quatro participantes, dos quais apenas os dois melhores classificados avançam às semifinais. Nelas, há o cruzamento entre o líder do primeiro grupo contra o segundo colocado do segundo grupo e o líder do segundo grupo contra o segundo colocado do primeiro.
A classificação dos grupos é perfeita com número de vitórias e é seguida por critérios de desempate: confronto direto, porcentagem de sets vencidos, porcentagem de sets perdidos, porcentagem de games vencidos e, por fim, o ranking da semana.
Só há apenas uma possibilidade de empate geral que é cada tenista vencer apenas um jogo.
Premiação: Pontos e dinheiro
A pontuação somada ao fim do ATP Finals para o ranking, bem como a premiação financeira, é gerada dos resultados do atleta no torneio e não apenas por sua posição final na chave da competição, como é o caso de todos os demais eventos do ano.
Sendo assim, cada vitória conquistada na fase de grupos rende 200 pontos no ranking, a vitória na semifinal rende mais 400 pontos e a vitória na final 500 pontos. O máximo de 1.500 pontos distribuídos no torneio só é conquistado se o tenista for campeão invicto.
Do ponto de vista financeiro, a premiação do ATP Finals paga US$ 155 mil para cada um dos dois alternates que estiverem em Turim, o valor é de R$ 828 mil na cotação desta quinta-feira. Cada jogador classificado à chave principal recebe US$ 331 mil como valor de participação, cerca de R$ 1,7 milhão.
A cada vitória na fase de grupos, os tenistas embolsarão US$ 396.500, cerca de R$ 2,1 milhões. Para a vitória na semifinal, o prêmio é de US$ 1.183.500, cerca de R$ 6,3 milhões. A vitória na final rende US$ 2.637.000, cerca de R$ 14 milhões. O campeão invicto do Finals embolsará um total de US$ 5.071.000, cerca R$ 27 milhões.
Há ainda a premiação paga por jogo disputado em caso de derrota na fase de grupos. O primeiro jogo paga US$ 165.500, cerca R$ 885 mil; o segundo jogo paga US$ 248.500, cerca R$ 1,3 milhão; já o terceiro jogo paga US$ 331 mil, cerca de R$ 1,7 milhão.









