O monegasco Valentin Vacherot e o francês Arthur Rinderknech são primos e estão fazendo história junto nas quadras do Masters de Shanghai, na China, onde alcançaram as primeiras quartas de final em torneio deste nível na carreira.
Em entrevista coletiva nesta quarta, Rinderknech falou do feito dos primos após vencer o tcheco Jiri Lehecka em 6/3 7/5. “Passamos as férias juntos desde crianças. É uma história incrível. Sinceramente, estou muito feliz por ele, porque ele é um cara incrível”, iniciou ele.
“Nós dois merecemos o que estamos recebendo aqui porque trabalhamos muito duro ao longo da vida. Aqui, jantamos juntos todas as noites e, no dia em que um de nós joga, fazemos o aquecimento com o outro”, contou aos jornalistas, já que nem sempre os primos coincidem no mesmo torneio.
“Este resultado não surgiu do nada, venho fazendo as coisas certas para melhorar há algum tempo. Desde que comecei a trabalhar com o (Lucas) Pouille (ex-top10), sinto que estou controlando melhor minhas emoções em momentos-chave e aprimorei detalhes técnicos e táticos. Estou em ótima forma física, mental e de tênis e quero continuar”, completou Rinderknech que encara na próxima rodada o canadense Felix Auger Aliassime.
Vacherot se garantiu na semifinal nesta terça-feira com vitória sobre o holandês Tallon Griekspoor e, além de garantir quartas de final inédita na carreira, fez história para seu país como primeiro a alcançar esta fase neste nível de torneio.
Ao site da ATP, Rinderknech confessou que a família está inclusa na aventura asiática dos primos: “Nosso grupo de família no WhatsApp está bombando muito nos últimos dias. Não posso reclamar, é ótimo e está reunindo a família, pelo menos online, nos divertindo. Todo mundo está se observando. Então é muito legal”.
Ao fim de seu duelo com Lehecka, Rinderknech dedicou seu autógrafo na câmera ao primo: “Eu te sigo, Val”, escreveu.
O irmão de Vacherot e seu treinador Benjamin Balleret também comentou como está a família na Europa: “Há 20, 25 pessoas no grupo do WhatsApp. Todo mundo adora tênis, e a mãe do Arthur (Virginie Pequet) jogava tênis. Minha mãe (Nadine) jogava, nossas mães eram treinadoras de tênis. Todo mundo adora tênis e me acompanha, e me apoiaram quando eu jogava”, ressaltou ele que chegou a ser 204º do mundo. “Agora [é a mesma coisa] com a Val e o Arthur. Basicamente, agora tudo gira em torno do tênis, de onde serão as próximas férias e como serão”.
Rinderknech fez questão de destacar o tênis apresentado pelo primo após lutar com lesões: “Ele está jogando um bom tênis esta semana e já faz um ótimo tênis há alguns anos. Ele lutou contra algumas lesões, mas sempre que joga, está indo muito bem, então é só questão de tempo para ele. Estou muito feliz e contente que ele esteja mostrando seu melhor tênis esta semana. Espero, e acho que isso é só o começo para ele”.
“Acho que não consegui me dar conta do que estou fazendo a semana toda, e tudo caiu como uma luva quando venci a partida”, disse Vacherot após sua vitória nesta terça. “No geral, fiquei feliz a semana toda, mas não de uma forma tão intensa. Esta é inacreditável, tantas emoções. Só de pensar nos momentos difíceis que passei no ano passado, até mesmo neste ano, e compartilhar isso com meu irmão e minha namorada, é simplesmente inacreditável. Estou vivendo um dos melhores momentos da minha vida”, concluiu ele que encara o dinamarquês Holger Rune em busca de histórica semifinal.