Carlos Santos, o primeiro técnico de Carlos Alcaraz que ficou oito anos com o atleta dos nove aos 17 anos, revelou em bate-papo com o site do Eurosport, da Espanha, que situação similar aconteceu com ele em sua separação com o atleta.
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“Bem, veja, eu não tinha pensado nisso, mas conversando com minha esposa, ela mencionou. “Olha”, ela disse, “é mais ou menos a mesma coisa que aconteceu com você.” Pensando um pouco, no fim das contas, é o pai do Carlos quem realmente manda. Carlitos não tem nada a ver com isso. Quer dizer, Carlitos teria ficado o tempo que Juan Carlos quisesse”, disse.
“Eu fiquei com Carlitos por oito anos, Juan Carlos por sete. Aconteceu comigo também: eu queria certas condições, e o pai dele não concordava. E Juan Carlos deve ter pedido outras condições que o pai dele também não aceitou e não cedeu. Mas enfim, pelo menos Carlitos disse algumas palavras muito gentis sobre Juan Carlos, e realmente foi um período muito importante para ele. Para mim também foi assim, mas infelizmente, não recebi palavras tão gentis publicamente. Algo que Juan Carlos recebeu.”
Carlos não conversou ainda com nenhuma das partes sobre a separação de Alcaraz e Ferrero, mas aponta que já era esperada a separação: “Não falei com nenhum deles, mas a minha opinião é que, mais ou menos, a mudança era esperada. Assim que Samuel [López] chegou como treinador adjunto, ficou claro que uma mudança era possível. No fim das contas, as coisas sempre foram feitas assim com o Carlitos, muito gradualmente, para que nada drástico acontecesse da noite para o dia. E, em última análise, pode ser por vários motivos. O que me parece mais provável é que eles não chegaram a um acordo completo, seja financeiro ou de outra natureza.”
“Quer dizer, vimos que Juan Carlos não tem participado de muitos torneios. Ele tem família, tem uma academia e muitas coisas para cuidar. Carlitos se distanciou consideravelmente dessa academia. Ele já tem seu próprio centro de treinamento em Murcia e vai cada vez menos à academia de Juan Carlos Ferrero. Ele praticamente assumiu o controle. Os acordos financeiros foram fundamentais. E quem quer que administre tudo para Carlitos não enxergou a situação com clareza, ou talvez ache que o que Juan Carlos Ferrero está pedindo — porcentagens de prêmios, etc. — seja demais. Acho que essa é a essência da questão.”
