Preparador físico de Aryna Sabalenka, Jason Stacy admitiu que estava com medo de sua pupila não conseguir voltar a jogar tênis após a COVID-19.
A revelação foi feita em uma entrevista no programa The Line com a Dra. Kristen Holmes, onde Stacy descreveu sua trajetória com Sabalenka desde o início da parceria.
A colaboração tem sido um sucesso, com Sabalenka alcançando o posto de número 1 do mundo e conquistando quatro títulos de Grand Slam.
No entanto, houve momentos em que Sabalenka duvidou de si mesma, e um desses momentos foi após a pandemia de COVID-19.
Stacy relembrou o maior medo de Sabalenka: descobrir se conseguiria se lembrar de como jogar tênis novamente. “Percebi desde o início que ela é muito, muito… desconfiada, muito fechada“, disse Stacy, segundo o site Tennis365.
“Parte disso é da personalidade dela, parte é da cultura em que ela foi criada, onde você não confia em ninguém, não fala sobre seus objetivos, não fala sobre as coisas porque se você falar sobre algo, vai ser tirado de você. Se você construir algo, vai perder. Então, essa é a mentalidade com a qual você cresce, com a qual você é criada, parte é da cultura, parte é de como ela foi criada, parte é da personalidade dela. Mas ela tem isso, até hoje, esse é um dos seus maiores medos: perder tudo. Depois da Covid, quando voltamos ao US Open, houve um momento em que ela estava genuinamente apavorada com a ideia de nunca mais saber jogar tênis. Tipo, ela tinha acabado”, disse.
“Imagine isso, você pensa: ‘O quê? Você está nos dizendo isso agora?' Mas dá para ver que é algo real dentro dela. E ela obviamente superou isso e conseguiu lidar com a situação, mas ainda existe essa parte dela. Então, o maior obstáculo foi ela entender que, para progredirmos, para ela crescer, amadurecer e se tornar o que deseja ser, ela precisa se abrir um pouco. Mesmo que seja só uma fresta. Abrir essa porta só um pouquinho, ser um pouco mais vulnerável.”
“E nem era algo que se pudesse treinar, ela fazia tudo o que a gente mandava. Mas era simplesmente ela se permitir encarar esses medos mais profundos que todos nós temos.”










