O espanhol Rafael Nadal fez uma reflexão a respeito de sua infância e seu entorno em seu desenvolvimento como atleta e pessoa. As falas do espanhol ao jornalista Roberto Carretero e publicadas no livro “El tenis desde dentro” foram repercutidas pelo site Lecturas.
Nadal comentou como é a adolescência de quem joga o juvenil no tênis: “É óbvio que você viaja, que você compete, mas eu sempre vivi isso como uma criança”, mas mesmo diante de uma realidade fora do comum, Rafa destaca que sempre viveu e foi tratado como criança, mesmo nas viagens.
“Eu não tentei amadurecer antes do tempo; cometi os erros típicos de uma criança; eu gostava de brincar. Eu me esforçava muito em quadra, dava o meu máximo, sempre treinava duro, mas fora de quadra, eu sempre vivia como qualquer outra criança”, contou.
Sobrinho de atleta profissional e treinado por outro tio, Nadal conta que não havia obsessão por sua profissionalização: “Não é que pretendíamos ser profissionais aos dez ou onze anos”.
“Treinávamos muito, sim; nos esforçávamos muito, sim; mas fora isso, eu fazia qualquer atividade que qualquer outra criança daquela idade faz. E acho que meu ambiente foi decisivo nisso”, contou ele apontando que sempre viveu um bom ambiente harmônico proporcionado por seus pais e destaca ainda a importância de Toni Nadal, seu mentor, treinador e tio.
“Tive a sorte de ter alguém como meu tio Toni, que, no fim das contas, cuidou de mim no nível do tênis”.
“No geral, acho que foi uma combinação muito boa: eu tinha um familiar como meu tio, que cuidava de mim no esporte, e ele também teve um impacto claro na minha educação fora do tênis, porque passei muitas horas com ele. Mas, quando voltei para casa, tive a educação e os exemplos positivos dos meus pais”, concluiu.