O espanhol Jaume Munar, 36º da ATP, conversou com os jornalistas logo após empatar o duelo da Espanha com a República Tcheca nas quartas de final da Copa Davis e reconheceu que a derrota sofrida em sua setembro participação no torneio o auxiliou hoje.
Munar começou falando de sua vitória diante de Jiri Lehecka, 17º, em 6/3 6/4: “Ele é um jogador que se adapta perfeitamente a esta superfície (piso rápido coberto). Eu vinha jogando muito bem em quadras cobertas este ano e me sentia ótimo, para ser sincero”, iniciou o espanhol que fez semifinal no ATP 500 da Basileia, que foi vencido pelo carioca João Fonseca.
“Obviamente, a longo prazo, ele é um jogador melhor do que eu, eu sabia disso, mas ainda é a Copa Davis, uma partida, e o importante é mostrar quem é melhor naquele dia. Entrei em quadra com essa mentalidade, me senti bem e isso se refletiu no resultado. Muito feliz”, confessou o número 1 espanhol dada a ausência do número 1 do mundo, Carlos Alcaraz, no time.
Munar então foi questionado no quanto a derrota sofrida para o dinamarquês Elmer Moeller no qualificatório da Davis quando foi o número 1 do time pela primeira vez o ajudou a vencer nesta quinta-feira e analisou.
“Pra mim, há duas coisas muito importantes aqui. Primeiro, meu saque: ele me dá a tranquilidade de saber que, se eu sacar bem, posso competir contra qualquer um nessas quadras. Segundo, a experiência importantíssima que tive em Marbella. Para mim, foi uma lição dura, talvez eu tenha subestimado a emoção desta competição. Olhando para trás, com toda a humildade, foi muito difícil. Hoje, essa experiência foi fundamental para abordar a partida da maneira como fiz, independentemente do resultado”.
“Aprendi que na Copa Davis, as emoções estão à flor da pele do começo ao fim; talvez em outras competições você sinta a pressão em momentos específicos, mas aqui, do início ao fim, você tem que conviver com ela. É nisso que tenho trabalhado nos últimos meses. A Copa Davis me ajudou muito a terminar o ano da maneira que terminei e a estar aqui com tantas expectativas”, concluiu o espanhol.
Questionado sobre como está sua confiança, o espanhol afirmou que este ano a confiança está mais alta que nunca: “Este ano, evoluí muito como tenista, e isso me deu a oportunidade e as ferramentas para transformar essa evolução em confiança. Me sinto muito confortável em quadras cobertas porque sei que meu jogo rende mais aí. Não há fatores que me atrapalhem (vento, etc.), então é uma superfície onde, hoje, jogando bem e sacando assim, me sinto confiante“.









