O ex-top 25 Fernando Meligeni comentou sobre o atual momento de Bia Haddad Maia e analisou os brasileiros na disputa da Copa Davis.
Durante o New Balls Please desta semana, ao lado do apresentador e jornalista Fernando Nardini, Meligeni comentou sobre o SP Open, com a queda de Bia Haddad Maia nas quartas de final.
“Eu sou uma pessoa que vem cuidando, principalmente quando se fala do lado mental, mas o sofrimento dela está demais. Eu assisti ela contra a Zarazua. A Bia está sofrendo demais e tem que dar um basta neste sofrimento. Ela tem uma carreira maravilhosa, pode ser que vire número 1 ou 10 do mundo, mas já ganhou dinheiro pra caramba, tem patrocinadores, é reconhecida, querida, amada, uma baita pessoa; mas para de sofrer. Estou falando de coração, nem sei se poderia, mas olhando de fora, parece um sofrimento muito grande”, iniciou Meligeni.
“A Bia está sacando lento, está se arrastando na quadra. E isso não é uma crítica, é uma constatação e uma preocupação. Me chamou atenção que ela tinha 1-0 no tie-break contra a Zarazua, e ela estava ‘morta’, mas não fisicamente, e sim porque ela estava carregando…”. Fino prossegue reconhecendo que jogar o SP Open traz uma pressão extra para Bia, pelo favoritismo e por jogar em casa, mas pondera que não é algo pontual, e sim acontece em quase todos os torneios.
Brasil classificado na Copa Davis
Fernando comentou sobre a classificação da equipe brasileira na Copa Davis, destacando as atuações de João Fonseca e a dupla de Marcelo Melo e Rafael Matos, com Thiago Wild destoando.
“Fazia tempo que eu não via a Copa Davis em entusiasmo, que vem da união do time, da garra, da atitude. A atitude do João foi muito legal, e a atitude do Jaime temos que falar muito; ele foi um dos maiores jogadores da Copa Davis, era o cara que se jogava nas bolas, tinha atitude. Ele liderando o grupo é muito legal. Depois vem a entrada do Marcelo, super experiente, jogando ao lado do Matos, ganhando um ponto que não podia perder de jeito nenhum. Quando o João ganha do Tsitsipas, não deu um segundo e todos estavam dentro da quadra. Isso foi muito legal.”
“O ponto negativo foi o Thiago (Wild). Não está numa fase boa, mas acho que poderia ter brigado mais. Brigado no problema, de ‘está uma merda’, mas ‘vou vender mais caro’. Acho que ele aceitou a derrota mais rápido do que deveria, como se aceita no circuito, mas não se aceita na Davis”, inicia. Fernando Nardini comenta e a diferença de nível de Tsitsipas e Wild não é grande para o placar apresentado, e ‘Fino’ concorda. “Não era pra 6/2 6/1. Vai pra trás, coloca a bola, grita… existem muitas opções, achei que ele acabou aceitando essa derrota. Todos nós que já jogamos Davis, fizemos besteira, ganhamos, perdemos, mas serve para um próximo confronto”, disse Meligeni, parabenizando toda a equipe brasileira pela vitória no confronto contra a Grécia, que terminou 3×1 para o Brasil em Atenas.








