Em sua conta no Instagram, Fernando Meligeni, ex-top 25 e semifinalista de Roland Garros em 1999, analisou a atuação de Bia Haddad Maia na derrota por 6/0 6/3 para a top 10, Amanda Anisimova nas oitavas de final do US Open no fim da noite desta segunda-feira e fez uma reflexão.
“Não somos melhores que ninguém. Não queremos dar exemplo algum. Simplesmente aceitamos que um dia pode ser ótimo e o outro, péssimo. Mas nada tira o que somos e já conquistamos.
Ser tenista é duro demais. Não quero vitimizar, mas, ao ver as rápidas declarações de raiva, desprezo e ignorância de alguns “muitos”, percebo que somos muito resilientes. Ser tenista é mais que bater na bola: é como viver em um barquinho em alto-mar em dia de mar bravo.
Ontem a Bia não fez seu trabalho bem-feito. Na minha opinião, jogou tensa e de forma errada, foi amplamente dominada e não soube sair das dificuldades. E daí?
Ela, com certeza, é a que mais triste está. Vai para o hotel e vai remoer a derrota por horas, dias, mas, enquanto não consegue apagar as lembranças, vai treinar, vai seguir lutando por seus sonhos. Sem parar. Sem olhar o outro. Vai se fechar e tentar melhorar.
O esporte tênis ensina demais. Mostra que somos de carne e osso, diferente da perfeição de quem ataca e se esconde na tal mania de dizer que torcedor pode tudo. Até desqualificar.
Sim, tenista joga muito mal as vezes. Mas sabe qual a diferença para os demais? Ele aceita sua culpa e segue a vida com a cabeça erguida”, disse Fininho.