Ao se garantir nas oitavas de final do WTA 1000 de Montreal, no Canadá, após vencer de virada a russa Veronika Kudermetova, a norte-americana Coco Gauff concedeu entrevista coletiva e falou muito de suas dificuldades com o saque, somando 37 duplas faltas em duas partidas.
Gauff abriu a coletiva falando do desgaste físico em relação ao calor em Montreal: “Talvez, eu tenha ficado um pouco irritada comigo mesma, então depois consegui relaxar um pouco mais. Foram partidas difíceis aqui, mas estou feliz por ter superado esta hoje. Meu nível de energia está lá. Ainda não cheguei ao ponto em que essas partidas me esgotam fisicamente. Estou treinando na Flórida há três semanas, com sessões de três horas, três horas e meia, além de treinamento físico com calor de 32ºc e umidade. Então não é tão longo quanto parece, mas eu adoraria que essas partidas durassem menos de duas horas, mas se for preciso, estou aqui para aguentar”.
A americana abriu a campanha no canadá cometendo 23 duplas-faltas em sua estreia e 1 na partida desta terceira rodada e foi questionada sobre o que está acontecendo e como ela se vê sendo a líder disparada nessa estatística na competição.
“Há pontos positivos e negativos. Obviamente, estou muito decepcionado comigo mesmo nessa parte do jogo, simplesmente porque não joguei em Washington para melhorar, fazer mudanças e me sair bem nos treinos, onde sacava muito bem. Então, gostaria que isso se estendesse ao jogo”, iniciou a jovem.
“O lado positivo é que estou vencendo essas partidas literalmente tendo parte do meu jogo de muletas. É como se eu pudesse ficar em pé com os dois pés, então imagino que seria muito mais simples e fácil para mim. Há duas coisas que posso tirar disso. Não quero liderar essa estatística e quero melhorar. Sei que provavelmente nunca estarei livre de duplas faltas, mas se eu pudesse reduzi-las para 2% ou 3%, isso faria uma grande diferença e tornaria essas partidas muito mais fáceis. O fato de estar vencendo jogos e encontrando maneiras de vencer com isso é definitivamente positivo”, completou.
A tenista ainda contou aos jornalistas que os jogos de duplas a têm ajudado a ir melhorando esse aspecto do jogo, tanto que destacou que na partida de duplas desta quarta-feira ela não cometeu nenhuma dupla-falta.
“Eu gostaria de sacar em partidas de simples como faço em duplas, mas a razão pela qual jogo é justamente para me colocar sob pressão. É estranho. Sinto mais pressão sacando em duplas do que em simples porque não quero ficar aqui e fazer minha parceira perder a partida. Estou tentando traduzir essa mentalidade para jogadores individuais, mas não é tão fácil”, finalizou.