(Crédito: Peter Staples/ATP Tour)
(Crédito: Peter Staples/ATP Tour)

Gaudenzi defende ampliação dos Masters e pede paciência

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O presidente da Associação dos Profissionais (), Andrea Gaudenzi conversou com os jornalistas nesta quinta-feira em Turim (Itália) e falou muito das mudanças radicais que virão para o calendário nos próximos anos e defendeu a ampliação dos .

A 2025 foi a primeira em que sete dos nove torneios do Masters 1000 foram disputados em 12 dias dispostos em duas semanas do calendário, o que gerou muitas críticas, em especial por parte dos tenistas e Gaudenzi foi questionado a desta situação.

“Eu era um jogador que ficava entre o 50º e o 55º lugar no , e só conseguia entrar em uma ou duas principais de Masters 1000. Enquanto isso, eu entrava em todos os Grand Slams e me perguntava: por que consigo jogar os Slams, mas não os Masters 1000? É por isso que acho importante ter uma chave de 96 jogadores nos Masters 1000 e dar aos 100 melhores do ranking a oportunidade de jogar nesses torneios, com exceção de Monte Carlo, Paris e o Masters da Ará Saudita”, iniciou ele defendendo a ampliação das chaves dos torneios de maior prestígio do circuito ATP.

“Indian Wells e funcionam assim há 35 anos. Eu não inventei nada. Cheguei, analisei os números e vi que funcionavam muito melhor do que os outros. Por que os Grand Slams são tão bem-sucedidos? Infraestrutura, história, a marca. Em um torneio de 15 dias, você consegue vender muitos ingressos. O tênis é um esporte em que a venda de ingressos é crucial. Isso pode representar 50% ou 60% da receita de um torneio. Em outros esportes, os maiores beneficiários da receita são os patrocinadores”, destaca.

“Se você adicionar dias a um torneio, como foi o caso este ano no Canadá e em Cincinnati, e analisar os números, verá como tudo mudou graças ao aumento na venda de ingressos. Isso também nos permitiu oferecer mais de 20 milhões em bônus aos jogadores, um aumento em relação aos 6 milhões oferecidos anteriormente. Esse dinheiro beneficia todo o ecossistema, incluindo jogadores classificados em 100º ou 150º colocado”, segue.

“Talvez o problema esteja no fato de os jogadores terem que passar mais tempo em um torneio, mas precisamos de mais alguns anos para finalizar o plano e compensar melhor os jogadores que chegam mais longe nos torneios, porque é graças a eles que o valor é gerado”.

“Eles podem pensar que podem ganhar por um único dia jogando uma partida de exibição e que, se participarem de um Masters 1000 de 12 dias, ganharão menos. Esse é o nosso problema no momento. Precisamos de alguns anos para ver se isso funciona e decidir o que fazer a seguir. Com o comprometimento de todos, podemos beneficiar todo o ecossistema. Peço apenas um pouco de paciência a todos”, completou.

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