Por Fabrizio Gallas – Não foi um bom dia para João Fonseca. Os erros voltaram, as poucas (raras) oportunidades não foram aproveitadas e veio algo não muito legal que foi a aparente apatia do brasileiro em quadra derivada do nervosismo e do jogo sólido do rival. Crédito: FFT
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Não houve cansaço e nem nada físico (pelo menos foi o que ele disse na coletiva de imprensa).
A verdade é que Jack Draper é um jogador melhor que o brasileiro hoje. São cinco anos a mais de experiência. E ele mostrou que não é só porrada, pancada. Tem recursos, variações, deixadas, defesa consistente profunda, volume de jogo e um fator importante, é canhoto, o que torna os efeitos diferentes. Além disso está confiante, vem em um grande ano.
Nem sempre as derrotas estarão na raquete do brasileiro, no que ele acabar não fazendo ou fazendo de errado. Há tenistas – principalmente a galera lá do topo – nesse momento melhores que ele e Draper é um deles.
Como já dito por aqui antes, Fonseca é um jogador em formação, tem muito a aprender e hoje ele acabou recebendo uma lição. Duro dizer isso, mas o carioca recebeu uma aula. Não encontrou saídas e esteve perdido o tempo quase que inteiro da partida. Draper mostrou que há muito a melhorar no jogo do brasileiro.
É tirar lições e seguir aprendendo. A campanha foi ótima, duas grandes vitórias em Roland Garros, algumas marcas de precocidade batidas e mais uma etapa de ‘casca’ ganha pelo brasileiro para seguir adiante.
Fonseca traçou metas do top 40 ao final do ano e quer ser cabeça de chave no Australian Open. São metas bem interessantes, nada de absurdas de fazer. Ele já será 55, 56 do mundo após o torneio e tem pouco a defender. Hoje o 32º do mundo tem na faixa dos 1600, 1650 pontos e João sairá de Paris com 999. Três ou quatro grandes resultados em ATPs ou até dois Grand Slams ou Masters 1000 ele atinge a meta.
Brasileiros bombando nas duplas
Se o torneio acabou para Fonseca, continua para os brasileiros nas duplas. Luisa Stefani emplacou grande virada e está nas oitavas. Bia Haddad também busca as quartas e teremos o duelo Orlando Luz x Romboli por vaga nas quartas. Baita vitória de Orlando contra a dupla cabeça de chave 3 do torneio.
E temos os juvenis. São seis e quatro já jogam neste domingo. E o Guto Miguel, campeão de Charleroi, o Astrid Bowl, chega confiante. Campanhas boas por vir em Paris, para ficarmos de olho e seguimos na torcida.
