Crédito: US Open Tennis
Crédito: US Open Tennis

Djokovic critica Masters e falta de comprometimento de atletas tops

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Tetracampeão do US Open, o sérvio Novak conversou com a imprensa em Nova York e falou sobre qual razão não joga desde Wimbledon. O tenista ainda criticou o formato dos Masters, afirmou ter perdido o interesse neles e falou em falta de engajamento dos tenistas tops para promover mudanças.

Djokovic foi perguntado sobre como via o aumento de premiação do US Open em todas as , que marca a maior premiação da história do , superando o período pré-pandemia. “É um passo na direção certa. Obviamente, é sempre bom e positivo ver que os Grand Slams estão dispostos a melhorar a premiação em dinheiro para os jogadores. E se é uma situação ideal para nós? No geral, não acho. Acho que ainda há muito espaço para melhorias nesse sentido”, destavou o sérvio fazendo questão de pontuar que não falava por si mesmo.

“Não é sobre isso. Estou falando apenas de uma forma geral, como já falei em anos anteriores, que poucos tenistas vivem desse esporte globalmente. E isso não é algo que eu vejo que tenha sido discutido o suficiente. Então, é um passo na direção certa”, pontuou eles destacando que gosta quando iniciativas como a do US Open ocorrem.

“Mas também é importante entender que vivemos em um mundo muito comercial”, alertou e seguiu: “O setor de entretenimento e esportes é muito grande. E os Grand Slams também estão indo muito bem. Então, o US Open aumentou a premiação; os outros Grand Slams também estão fazendo isso. Mas eles também têm uma receita maior do que no ano anterior e há a questão da inflação, que é um tópico completamente diferente, mas importante a ser considerado quando se fala sobre esses assuntos. Mas, novamente, no geral, é definitivamente um passo positivo”, finalizou.

O US Open será o primeiro torneio de Djokovic desde Wimbledon e ele comentou: “Tecnicamente podemos mesmo dizer que estou frio em termos de não ter oficiais. Podemos colocar assim para ficar de melhor entendimento. Mas eu decidir não jogar para estar mais tempo com a minha família. E para ser sincero, acho que conquistei meu direito e tenho o luxo de escolher para onde quero ir e o que quero jogar”.

Djokovic aproveitou para expressar-se contra a realização dos do Masters 1000 em duas semanas: “Para ser bem franco com você: não gosto mais dos eventos Masters de duas semanas. É muito longo para mim. Meu foco está principalmente nos Grand Slams, e já disse isso antes”.

“Também gosto de outros torneios. Gostaria de jogar mais os outros torneios, mas, pensando bem, temos atualmente, informalmente ou não oficialmente, 12 Grand Slams por ano. Quer dizer, o Grand dura duas semanas, e os outros eventos Masters também duram quase duas semanas. Não priorizarei a agenda pesada como costumava fazer”, confessou.

“Não estou perseguindo o ranking, nem construindo meus pontos, nem defendendo, etc. Simplesmente não penso mais nisso. Para mim, o importante é onde encontro motivação e alegria, onde estarei inspirado para jogar o melhor tênis, e onde realmente me importo em estar e jogar e os Grand Slams são obviamente os quatro principais torneios onde sempre sinto mais motivação”, seguiu Djokovic explicando que não quer e não irá perder importantes para ele e sua família, apesar de destacar que sua filha, Tara fará aniversário em 2 de setembro e caso ele avance na segunda semanas do US Open não estará presente.

Na sequência Djokovic foi questionado sobre quais mudanças então deveriam ser feitas e se eles as via possível. O sérvio destaca que acredita que não deve haver uma mudança rápida já que o contrato com a ATP por parte dos torneios é em longo prazo, mas destacou que conversas e posicionamentos podem alterar tudo.

“Para ser sincero, não sei qual é o sentimento do lado dos torneios, mas notei que muitos jogadores, (em especial) os melhores jogadores, têm se oposto bastante à nova mudança dos eventos de quase duas semanas. Quero dizer, eu os jogadores, mas, no fim das contas, quando os jogadores precisavam estar ativos e quando havia um de negociações e tomada de decisões, os jogadores não estavam participando o suficiente. E essa é uma história contínua dos jogadores, principalmente os jogadores tops”, disparou.

“Eles expressam seus sentimentos, mas então quando você realmente precisa investir tempo e energia em conversas, reuniões, o que eu sei que é muito difícil. Quer dizer, eu já passei por isso, acredite, muitas vezes, mas é necessário porque então você está fazendo algo não apenas para si mesmo, mas para as gerações futuras, e então você está fazendo os movimentos certos, os passos certos, e contribuindo”, concluiu.

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