Em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira após sua vitória sobre o belga Zizou Bergs, 44º do mundo, Novak Djokovic atualizou seu estado físico e lamentou sempre estar carregando um problema. Ele tem 38 anos e derrotou o rival por 6/3 7/5 em quase duas horas.
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“A partida de hoje pode parecer fácil para vocês, mas garanto que não foi fácil. Não há vitórias fáceis neste nível. Zizou Bergs jogou um tênis incrível neste torneio. Acho que seria desrespeitoso com ele dizer que foi uma vitória fácil. Foi uma vitória realmente suada em sets diretos. Minha perna estava bem hoje. Parece que algo está sempre acontecendo com meu corpo em praticamente todas as partidas que jogo agora. Há outros problemas com os quais estou tentando lidar dia após dia e espero que tudo melhore com o decorrer do torneio. Tenho um dia de folga antes da minha semifinal, o que é muito positivo. Vou voltar com a atitude certa e a intenção de vencer”, disse o sérvio
O sérvio se mostrou surpreso com as emoções que vem sentindo na China: “Honestamente, e não porque estamos aqui, mas pisar na Quadra Central aqui na China sempre me traz tantas emoções e sentimentos por causa de todo o apoio que recebi. Eu não esperava que fosse assim este ano, tanto assim. Sei que as pessoas apreciam e respeitam tudo o que conquistei, mas fica melhor a cada temporada. Tento retribuir esse amor com um bom tênis e espero que vocês estejam gostando.”
“Não é segredo que adoro jogar na China. O apoio que recebo da torcida me faz sentir muito confortável; isso me anima. Quando você se sente mal em quadra, eles te animam. Foi o que aconteceu comigo em praticamente todas as partidas deste ano. Tenho lutado um pouco com meus níveis de energia. Toda vez que tenho a chance, a torcida sente e começa a me incentivar. Ouço aquele barulho, aqueles gritos, e essa energia serve como meu combustível. Estou gostando. Por mais que eu esteja sofrendo, ao mesmo tempo gosto de jogar diante desta torcida.”
Nole comentou sobre o ponto incrível que fez no final do jogo que valeu o break-point decisivo na partida: “Sinceramente, agora prefiro ralis mais curtos (risos). Principalmente nesses momentos da partida. Eu estava 30-0, perdi meu saque quando estava sacando para vencer a partida; aí ele estava 30-0 e eu consegui chegar a 30-30. Não sei, consegui ler o saque dele. Qualquer jogador pode dizer que aqui, neste torneio, é muito difícil fazer smashes. Se você bate a bola muito alto, parece que ela está indo para um ponto muito escuro, e é muito difícil ver a bola quando você está jogando à noite. Eu sabia disso, e ele já tinha perdido um smash com um break point em 3-2 no primeiro set, então senti que ele não estava muito confiante com o smash.”
Devo dizer que a última defesa que fiz naquele ponto, que praticamente me deu o quinto, não sei como fiz, para ser sincero. Estava apenas tentando me dar uma chance de permanecer no ponto. Sim, provavelmente acabou sendo o “ponto de virada final do duelo”.
Sobre o monegasco Valentin Vacherot que ele conhece perfeitamente depois de todo o tempo que passou em Mônaco: “Eu o conheço há alguns anos. Antes do torneio, ele estava fora do top 200, mas já faz parte do circuito há algum tempo. Ele está fazendo história para Mônaco; é incrível. Todos lá estão animados e sabemos que temos um dos torneios mais históricos e bonitos do nosso esporte em Mônaco. Estou feliz por ele e sua equipe. Benjamin Balleret (ex-jogador e técnico de Vacherot) é alguém que conheço há muito tempo, tendo me estabelecido lá por 15 anos e treinado muito no Monte Carlo Country Club.”
“Vacherot está melhorando muito. Sempre soubemos que ele tinha potencial, com um saque muito poderoso, um jogo muito agressivo; ele é um cara grande. Acho que ele joga de forma bem parecida com a do Rinderknech, e já vi que eles são muito próximos. O saque dele me lembra o do Arthur, aliás. É ótimo ver a química entre eles e como se apoiam. O Arthur estava lá o tempo todo. A partida do primo dele. Sim, um sucesso histórico para ele, então estou ansioso por essa partida, espero conseguir a vitória.”
