Rival de Carlos Alcaraz nesta quarta-feira à noite pela segunda rodada do US Open, Mattia Bellucci, atual 65 do mundo, lembrou de uma surra que levou do espanhol quando ele tinha 18 anos e o espanhol apenas 16.
“Um amigo me escreveu dizendo que o cara com quem eu jogaria seria muito, muito bom no futuro. Eu tinha 18 anos e ele 16. Eu não o conhecia, porque ele mal havia jogado na categoria júnior, e eu não sabia o que esperar. Quando joguei os três primeiros games da partida, disse a mim mesmo que seria difícil vencer, mas que eu poderia competir bem. No final, ele me venceu por 6/2 e 6/1. Eu não esperava nada parecido. Fiquei surpreso com o nível dele e com a agressividade que ele demonstrou em quadra. Senti que joguei uma boa partida e ele me dominou. Até me diverti vendo o Carlos jogar”, explicou o italiano.
Quase seis anos depois os dois irão se reencontrar na quadra Arthur Ashe e Bellucci conta a emoção: “Estas são as partidas que todo tenista quer jogar. Jogar aqui é um sonho realizado. Me lembro da primeira vez que vim aqui, entrando no estádio e chorando de emoção. Disse ao meu treinador que um dia competiríamos aqui, e conseguimos”, disse o semifinalista de Roterdã.
“Não foi fácil lidar com todas as emoções e altos e baixos do meu primeiro ano como um dos 100 melhores, mas sinto que continuarei a melhorar graças ao meu ambiente. Aprendi a ser mais comunicativo com eles e a dizer-lhes o que preciso em todos os momentos para que possam me ajudar. Sou muito impaciente, mas entendo que preciso me dar tempo para que o bom trabalho que estou fazendo possa se materializar em resultados importantes”, disse Bellucci.