Os já tradicionais ATP 500 de Pequim (China) e Tóquio (Japão) passaram por uma mudança em suas programações de jogos e chave nesta temporada 2025 e vêm confundindo os fãs de tênis pelo mundo. Entenda as alterações que são estratégicas para o futuro do esporte.
Com a ampliação de sete dos nove Masters 1000 no calendário com disputas que vão até 12 dias e não mais uma semana, alguns torneios do calendário mundial sofreram algum tipo de alteração. O calendário desta temporada ainda determinou que em semanas de disputas de ATP 500 dois torneios deste nível fossem realizados, sem nenhum ATP 250 em paralelo, ao mesmo tempo em que semanas com ATP 250 podem comportar no máximo três eventos simultâneos.
As novas regras criaram duas alterações importantes: a colocação de torneios menores (ATP 250) na gira europeia sobre o saibro e os dois torneios médios da Ásia.
Por esta razão, tanto Tóquio quanto Pequim se adaptaram ao calendário e ocuparam o espaço entre a disputa da Laver Cup e Xangai, tendo suas chaves iniciadas no meio da semana – o que é incomum ao calendário, com exceção aos Masters 1000 ampliados.
Este ano, Tóquio começou na quarta-feira, 24 de setembro, e terá sua final realizada em uma terça-feira, 30 de setembro. Já Pequim teve o início de sua disputa na quinta-feira, 25 de setembro, e sua final será na quarta-feira, 1º de outubro.
Com esta programação, ao invés de receber a final, o domingo do calendário pertencente aos torneios terá a disputa de quartas de final no evento japonês e ainda as oitavas de final no evento chinês. Tóquio terá suas semis na segunda-feira e a decisão na terça, 30, enquanto que Pequim terá as quartas na segunda, semis na terça e final na quarta-feira, mesma data do início da chave do Masters 1000 de Xangai que teve ano passado sua chave ampliada para 96 jogadores.
Pequim pode ter como protagonista do domingo o italiano Jannik Sinner. Tóquio tem separado seus jogos e o número 1 do mundo, Carlos Alcaraz, joga neste sábado em busca de vaga nas quartas e pode voltar à Ariake Arena no domingo para buscar vaga na semifinal.
O rearranjo de Tóquio e Pequim é ainda uma tentativa de atrair mais público para os eventos asiáticos, que apesar das grandes estruturas e do gosto dos atletas por disputá-los, estão cercados de críticas por conta da ausência de torcedores nas arquibancadas.
Tanto a Associação dos Tenistas Profissionais (ATP) quanto a Associação das Tenistas Profissionais (WTA) têm buscado formas de atrair mais público presencial aos torneios, pois a gira asiática desta fase do ano ,e as três semanas no Oriente Médio em fevereiro, são parte financeira vital para a manutenção do circuito global.
Cabe ainda destacar que a China é a maior investidora isolada no tênis feminino global. Sozinha, a nação asiática aportou 12 milhões de dólares em 2024 apenas no circuito WTA. Em absoluto, somando também os investimentos da China no circuito ATP, o país é o que mais investe em desenvolvimento do tênis e o circuito profissional atualmente.