João Fonseca / Crédito: Ben Solomon - Laver Cup
João Fonseca / Crédito: Ben Solomon - Laver Cup

As duas conclusões sobre a decisão de João Fonseca

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Depois de desistir do Masters 1000 de Xangai, na , podemos tirar duas conclusões sobre esta decisão de Fonseca. A primeira é que a condição física está longe do ideal.

Longe do ideal para engatar a sequência que iria viagem para a Ásia com um ou dois (da Califórnia onde estava para a Ásia e retorna para a seria meio caminho de viagem em relação ao Brasil) e finalizar o ano na Europa com mais três ou quatro torneios.

Não ter físico, o endurance para aguentar essa série, é a possibilidade mais plausível.

Mais uma vez ele opta por tomar um descanso e dar outras prioridades em seu calendário como a gira europeia de fim de ano onde tem marcado torneios em Bruxelas, um ATP 250, Basileia, um ATP , e o Masters de Paris, na França. Com opção ainda de jogar Metz ou Atenas para logo após Paris, dois outros ATP 250 para fechar a .

A segunda é não precisar buscar a grana dos torneios na Ásia para jogar um ou dois torneios.

Vamos tirar um exemplo aqui. Foram US$ 250 mil com o título da Laver Cup mais um cachê (não revelado) para ir ao torneio.

Esse valor é quase cinco vezes a mais do que pagam as primeiras rodadas do ATP 500 de Pequim, na China, e o Masters de Xangai juntos. O primeiro paga US$ 30 mil e o segundo US$ 23.760. Para ganhar a mesma coisa na Ásia ele teria que fazer quartas nos dois torneios, ou seja, ganhar cinco jogos (ganharia pouco mais de US$ 280 mil) Na Laver Cup ele jogou apenas uma partida.

Ainda tem a exibição contra em dezembro em Miami onde certamente está faturando uma quantia legal (não sabemos o valor).

E vamos combinar. Por mais que tenha patrocínios e tudo, a viagem para a Ásia com todo o seu staff não custa nada barato.

Em contrapartida, João disse no meio do ano estar alinhando seu calendário aos dos top 30. Só que essa decisão vai na contramão da maioria deles. Ele pula dois torneios importantes no ano, um deles de Masters 1000, com 1500 pontos em jogo que poderiam dar um up no objetivo dele que é ser ou estar bem perto dos 30 melhores, que é seu objetivo para o Aberto da Austrália. Até lá ele defende 169 pontos sendo 44 neste final de ano e 125 da primeira semana de em Camberra. Para estar perto dos 32 melhores vai precisar de mais de 500 pontos nesse período e terá agora ao invés de 2750 pontos, cerca de 2000 ou 2250 (caso opte por Metz ou Atenas e jogue um ATP 250 na primeira semana de 2026).

Vamos lembrar que, a partir do momento que ele virar top 30, João será obrigado a jogar todos os Masters, menos Monte Carlo. A exceção é aplicada para jogadores experientes com vários anos no circuito, caso de .

As duas conclusões acredito serem as mais plausíveis. Esperamos que na primeira ele aprimore e ganhe corpo para aguentar o tranco do circuito que é pesado. Fonseca fez 51 jogos no ano contabilizando a Laver Cup e os jogos do NextGen Finals no meio de dezembro (que não são contabilizados para esta temporada).

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