Por Gabriel Vieira – Nadal x Djokovic. Outra vez. Ambos na quarta final de Grand Slam consecutiva.
Djokovic venceu todas as últimas. Em Paris, o espanhol chega sem perder sets e foi
quebrado apenas uma vez. Djokovic se torna o nono tenista da Era Aberta a chegar na
final de todos os Slams.
O espanhol lutará pelo hepta, para se tornar o maior vencedor da história de Roland
Garros. Atualmente está empatado com Bjorn Borg com 6 títulos.
O sérvio tentará o Career Slam. Poucos já conseguiram este feito. Nadal e Federer
foram alguns destes. Consecutivamente, só Rod Laver conseguiu.
Pelas semifinais, Nadal venceu Ferrer em sets diretos. O canhoto continou mostrando
consistência no fundo da quadra, cometendo poucos erros, continou sacando bem, e se
aproveitou dos erros e da instabilidade mental do seu compatriota.
Na outra semi, Djokovic x Federer fizeram um jogo feio, com muitos erros e muitas
quebras. O suíço chegou a ter a vantagem nos dois sets, inclusive no segundo sacou para
abrir 4/0, mas, cometendo muitos erros, viu o sérvio chegar e virar a partida. O natural
de Bottmingen se despediu de Roland Garros com quase 50 erros não forçados, quase o
triplo do sérvio. Venceu quem errou menos...
O retrospecto dos finalistas mostra 18 x 14 para Nadal. No último confronto, em Roma,
o espanhol venceu em sets diretos. No último jogo em melhor de 5, no Australian
Open, Djokovic venceu de virada em um jogo memorável de quase 6 horas de duração,
onde este dois monstros pareciam dar a vida a cada ponto. No saibro, Nadal tem ampla
vantagem por 11 x 2.
Provavelmente a evolução do espanhol contra o sérvio desde Melbourne deve-se
ao fato deste ter melhorado consideravelmente seu revés, devolvendo mais forte,
consequentemente mais fundo. Ano passado, chegava fraco, atrás da linha do T, e assim
facilitava bastante a vida do adversário. O saque também evoluiu, este passou a utilizar
mais os slices, e assim seu jogo no fundo de quadra, devido ao aumento de confiança
adquirida pelo espanhol, segundo o próprio após a final na Austrália(sim, isso mesmo).
O sérvio já não é mais aquele destruidor do ano passado, inderrubável mentalmente,
bastante consistente, e mosntruoso nas trocas de bola. Está se aborrecendo com mais
facilidade, consequentemente errando mais, mas mesmo assim está na decisão de
mais um Slam e plenamente tem condições de derrotar o espanhol, mas parar isso terá
que jogar bem mais do que vem jogando até aqui. Segundo McEnroe, “Djokovic está
sentindo a pressão”.
Se tênis fosse tendência, diria que Nadal venceria antes do quinto set, já que claramente
vem jogando melhor que o sérvio, vencendo inclusive 2 Masters antes do torneio e sem
perder sets no “saibro vermelho” esse ano, tendo vencido 51 de forma consecutiva. Mas
do outro lado estará o vencedor dos últimos 3 Grand Slams. Um lutando pela hepta
inédito e outro pelo Career Slam. À história!
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