Em sua conta no Instagram neste Dia de Natal, Fernando Meligeni fez uma reflexão sobre a entrevista de Juan Carlos Ferrero publicada ontem no jornal MARCA, da Espanha, onde revelou detalhes da separação com Carlos Alcaraz.
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O técnico se mostrou doído e disse que o lado financeiro não teve peso na ruptura após sete anos de trabalho.
“Que senhora pedrada com classe o Ferrero deu na sua despedida e entrevista ao Marca”, começou dizendo Meligeni.
“Correto, sincero e até muito detalhista para um momento em que poucos falam. O técnico trouxe pontos internos de uma relação tenística que poucos diriam.
‘Não falei com o Carlos. Perguntei apenas se ele estava a par de tudo. A partir daí conversei com seu staff.'
Uma relação tão próxima, de tanto tempo, é difícil entender esse corte sendo feito pelo time e não por ele. Mais difícil ainda não haver um cara a cara.
— Você falou com ele?
— Não falei mais.
Ficou claro que existiam diferenças de porcentagem, mas que era algo “conversável”. Ainda assim, ele deixa claro que havia mais questões pessoais e de relacionamento do que monetárias. Com muita classe, mostrou que seguiria, abriria mão, mas com limites. Porém, não teve sequer a chance de conversar.
Claramente desconfortável, sentiu-se “traído”, se é que podemos colocar assim.
Falando nisso, minha sincera opinião é mais sobre a vida do que sobre esse caso em si.
As pessoas viraram descartáveis. Não se dá nenhum passo ao lado hoje. Não se olha o passado, apenas o futuro. Os números e quanto se pode ganhar. Tanto nas empresas quanto no lado pessoal, o que foi não existe mais. Só se pensa em resultado. Tratamos as pessoas como máquinas, robôs. Não existe mais sentimento, muito menos gratidão.
Até entendo quando o presente não é positivo, quando a relação é ruim, quando o resultado já ficou no passado. Mas hoje se quer muito entregando pouco. Quer-se fazer contratos pedindo mais e pagando menos o tempo todo.
Às vezes, essa ganância de querer tudo acaba te deixando sem nada.
Saudade do fio do bigode. Das pessoas sendo tratadas pelo que valem e pelo que ajudaram a construir.
Ah, Fino, você está ficando velho. Pode ser. Prefiro um passado justo a um futuro de cada um por si.
Em tempos de festa, vale a reflexão.
Feliz Natal”.
Alcaraz e Ferrero venceram juntos 24 títulos e seis Grand Slams. Na entrevista, o treinador deixou as portas abertas para o futuro.









