O mês de junho foi marcado por uma grande perda no tênis brasileiro. No dia 8 de junho, a Rainha do esporte no Brasil, a paulistana Maria Esther Bueno deixou os fãs dos esporte órfãos de seu brilho, histórias e ensinamentos.
O mundo do tênis, por meio de nomes como Guga Kuerten, Billie Jean King e Wimbledon renderam homenagens à bailarina do esporte. O mundo do tênis chorou. Aqui no Tênis News, contamos a história da maior tenista da nossa história como modo de honrá-la e apresentá-la às novas gerações, relembre.
MEB, como é carinhosamente chamada pelos fãs, partiu aos 78 anos em decorrências de complicações de um câncer.
Luz de brilho pessoal em Paris
O mês de junho abriu com a disputa já corrente de Roland Garros, ali a número 1 do mundo, a romena Simona Halep, conseguiu superar os próprios fantasmas e a pressão para finalmente erguer o troféu, o primeiro Grand Slam de sua carreira (relembre). Na campanha, a romena superou a campeã do torneio em 2016, a espanhola Garbiñe Muguruza, que vinha de vitória sobre Maria Sharapova. Halep ainda venceu Angelique Kerber de virada. Em casa, a romena lotou um estádio para celebrar a vitória em Paris.
Ainda na chave feminina em Paris, Serena Williams ganhou os holofotes por sua vestimenta em uma roupa de contenção no corpo, preta inspirada pelo uniforme do super-herói "Pantera Negra". A roupa foi desenvolvida para a norte-americana por indicação médica e o modelo com calça foi proibido pela organização do torneio meses depois. Em quadra, Serena avançou às quartas, quando abandonou sem entrar em quadra contra Sharapova com lesão no braço.
Não chamado de Rei do Saibro à toa, Rafael Nadal supera toda e qualquer expectativa e novamente venceu o austríaco Dominic Thiem na final de Roland Garros e sagrou-se campeão pela 11ª vez. Nadal vinha de uma semifinal relativamente fácil contra o argentino Juan Martín Del Potro, que após 4 anos, voltou ao top 4.
A chave foi protagonista da história incrível do italiano Marco Cecchinato, que nunca havia vencido uma partida na chave principal de um torneio do Grand Slam e ao bater o sérvio Novak Djokovic e tornar-se o primeiro italiano em 40 anos a chegar à semifinal do Slam parisiense (clique aqui e relembre).
O melhor brasileiro no saibro francês foi o jovem Thiago Wild, que fez semifinal na chave juvenil.
Verde que te quero verde
Abrindo a temporada na grama, o suíço Roger Federer chegou a seu aguardado 98º título profissional em Stuttgart. No mesmo final de semana, o francês Richard Gasquet freou a boa semana do australiano Bernard Tomic e ergueu o troféu em 's-Hertogenbosch.
No fim da preparação para Wimbledon, o sérvio Novak Djokovic se reencontrou com as vitórias e acabou derrotado na grande final de Queen's pelo croata Marin Cilic. Ainda na chave, o australiano Nick Kyrgios protagonizou um papelão fazendo gestos obscenos para um torcedor e levou uma multa de R$ 55 mil (relembre). O torneio viu o escocês Andy Murray e o suíço Stan Wawrinka, que tentavam retornar de lesão, se enfrentarem na primeira rodada com vitória de Murray, que caiu na rodada seguinte.
Já na grama em Halle, nova vitória croata, desta vez do jovem Borna Coric que surpreendeu Roger Federer e devolveu o número 1 do mundo a Rafael Nadal. Federer completou na semana que iniciou em Halle 310 semanas no topo do ranking mundial (clique aqui e saiba mais).
Bruno Soares e Jamie Murray foram vice-campeões em Queen's, na mesma semana em que Marcelo Melo e Lukasz Kubot foram campeões em Halle.
Na última semana do mês, o qualificatório de Wimbledon foi definido e teve a ex-top 3, a russa Vera Zvonareva, a ex-top 5 Eugenie Bouchard e o ex-top 10 Ernests Gulbis garantidos na chave principal. O Brasil, por sua vez, viu a queda do cearense Thiago Monteiro e o gaúcho Guilherme Clezar perderem no quali e ficou sem representantes na chave de simples após 11 anos.
Mês de primeiras conquistas
Como em boa parte da temporada, o mês de junho também foi palco de títulos inéditos. O destaque foi a conquista do gaúcho Marcelo Demoliner, que em Antalya, na Turquia. Demoliner jogou o torneio ao lado do mexicano Santiago Gonzalez e tornou-se o quinto brasileiro em atividade campeão nas duplas em torneio nível ATP. Além do gaúcho, os paulistas Thomas Bellucci e Rogerio Dutra Silva mais os mineiros Bruno Soares e Marcelo Melo, são os que possuem títulos nas duplas neste nível.
Aos 31 anos, o alemão Mischa Zverev foi mais um estreante ao vencer seu primeiro ATP na grama de Eastbourne.
Um mês marcado por punições
Logo no primeiro dia do mês, o brasileiro Igor Marcondes foi suspenso preventivamente pela Federação Internacional de Tênis (ITF). O brasileiro atestou positivo por hidroclorotiazida, mesma substância que rendeu suspensão advertência para Thomaz Bellucci, no inicio do ano e de dois meses de Demoliner, em 2016. Marcondes negou o uso.
Dez dias depois, a Côrte Arbitral do Esporte (CAS) ampliou a punição por doping para a italiana Sara Errani para 10 meses.
Na sequência, o dia 14, o tênis argentino entrou na rota das denuncias e o irmão mais novo do ex-top 3, Guillermo Coria, Federico, foi suspenso e multado por decisão da Unidade de Integridade do Tênis (TIU), que identificou que o atleta recebeu uma proposta de venda de resultado de jogos e apesar de não aceitar, não denunciou a proposta (clique aqui e conheça a punição em detalhes).
Promessa argentina, Nicolas Kicker foi punido cinco dias após Coria. Kicker foi condenado pelo TIU por venda de resultados de partidas nos Challengers de Padova, na Itália, e Baranquilla, na Colômbia, em 2015. Kicker está proibido de estar envolvido com o tênis profissional por três anos, saiba mais.
Já no fim do mês, o mexicano Cezar Ramirez foi suspenso por acusar positivo por diferentes tipos de esteroides em um teste de urina coletado em abril deste ano. O tenista entrou na suspensão provisória.
Um diferente tipo de punição sofreu o alemão Boris Becker, que acusado de administrar mal seus recursos financeiros, processado e considerado quebrado, colocou seu troféu de Wimbledon à venda.