O US Open, último Grand Slam do ano, via Roger Federer e Novak Djokovic como principais favoritos, mas dois "patinhos-feios" ofuscaram os gigantes, fizeram final inédita e Marin Clic foi o destaque do mês levantando o caneco. E o Brasil deu a maior zebra do ano na Copa Davis.
Sem Rafael Nadal e com Andy Murray sem confiança, o caminho parecia aberto para Federer e Djokovic. Os dois, com poucos tropeços, foram confirmando favoritismo até o fatídico dia 5 de setembro, data das semifinais. Primeiro, Federer foi trucidado por Marin Cilic que sacou muito e jogou demais, dando poucas chances e limando as oportunidades de Roger sair da temporada com um sonhado título de Major. Em seguida, esperava-se que Djokovic confirmasse favoritismo contra Kei Nishikori. Mas o asiático, que vinha de lesão e sem torneios nas semanas pré-US Open, venceu batalha de quatro sets e partiu para uma inesperada final.
Dois dias depois, Cilic manteve a boa série, não tremeu e dominou um rival nervoso e um tanto apático para conquistar o surpreendente título dando crédito ao seu treinador, Goran Ivanisevic, campeão de Wimbledon em 2001 após sair como wild-card.
No feminino, Serena Williams desbancou o renascimento da então apagada Caroline Wozniacki para levantar o caneco de seu único Slam na temporada e entrou para a história com seu 18º Slam empatando com Martina Navratilova e Chris Evert, ficando atrás da alemã Steffi Graf, a maior vencedora com 22 triunfos.
Em simples, os brasileiros viram Thomaz Bellucci fazer segunda rodada e por pouco não levar o campeão do Australian Open, Stan Wawrinka, a um quinto set, e Teliana Pereira perder na estreia diante da russa Anastasia Pavlyuchenkova com facilidade. Lesionada no joelho, a brasileira jogou poucos torneios a mais e abandonou a temporada.
Nas duplas mistas, Bruno Soares e a indiana Sania Mirza levantaram o título de duplas mistas, o BI do mineiro que havia vencido em 2012 com a russa Ekaterina Makarova. Nas duplas masculino, Bruno e Alexander Peya pararam nas quartas dinate dos espanhois Marcel Granollers e Marc Lopez, os mesmos que derrotaram na semi Marcelo Melo e Ivan Dodig.
A Copa Davis reservou muitas emoções no Ibirapuera, em São Paulo. A Espanha veio desfalcada de Rafael Nadal e David Ferrer, mas favorita com Roberto Agut e Pablo Andujar nas simples, Lopez e David Marrero nas duplas. Eles não esperavam um Thomaz Bellucci inspirado vencendo Andujar no primeiro dia em batalha de cinco sets e definindo contra o top 15 Agut no domingo em quatro sets. A dupla Melo e Soares jogou muito e fez seu papel. Pela primeira vez em 18 anos a Espanha era rebaixada ao Zonal Euro/África e perdia pela primeira vez em 15 anos um duelo no saibro.
O início do mês foi polêmico assim como tensa a semana de Copa Davis. Mesmo com seguidas finais e semis de challengers, o capitão João Zwetsch não convocou João Souza, o Feijão, número 2 do país, para colocar Rogério Silva ou Guilherme Clezar na equipe (optou pelo primeiro) que não vinham em suas melhores fases. Respondendo a muitos questionamentos, Zwetsch saiu aliviado e confiante da vitória para o Brasil encarar a Argentina no Grupo Mundial, fora de casa, em 2015. João Souza questionou a escolha do capitão e causou burburinho nos bastidores.
A Suíça derrotou a Itália em casa e a França superou a Rep. Tcheca sentenciando a final da Copa Davis, primeira do país de Roger Federer após mais de vinte anos e Roger teria a oportunidade de um dos poucos títulos que faltava.
O mês viu ainda Thomaz Bellucci ser vice no forte challenger de Orleans, na França, pegando o embalo da Davis, e faturar duplas com André Sá na competição.