Por Vitor Paula - Como tem sido comum nos últimos anos, o grande protagonista do bimestre maio/junho foi o espanhol Rafael Nadal. Após chegar contestado a Paris, o Touro superou as expectativas, frustou o sonho do Career Slam de Djokovic e conquistou seu (incrível) NONO título em Roland Garros.
Pela primeira vez desde 2005, Rafa não dominou o circuito de saibro na Europa. Depois de surpreendentes derrotas precoces em Monte Carlo e Barcelona, o espanhol conquistou seu único título no Masters 1000 de Madri sem convencer (foi avançando aos trancos e barrancos na chave e deu sorte na final, já que vinha sendo dominado pelo japonês Kei Nishikori, mas viu o rival ser forçado a abandonar a partida com uma lesão) e, na semana seguinte em Roma, perdeu a final para Novak Djokovic.
O sérvio, por sua vez, chegou a Paris com confiança por ter batido Nadal no único embate no saibro entre eles antes do Major francês e mirava o único título de Grand Slam que não possui.
O torneio começou com uma grande zebra. Wawrinka, campeão na Austrália, caiu na estreia. Roger Federer também não foi longe. O suíço perdeu um jogaço de cinco sets contra o talentoso Ernests Gulbis nas oitavas. Para Federer, maio não foi um mês especial dentro de quadra, mas sim fora dela, com o nascimento de Leo e Lenny, seu segundo casal de gêmeos com sua esposa Mirka.
Gulbis, por sua vez, teve um lampejo de talento e mostrou ao mundo todo seu potencial. Conquistou o título do ATP de Nice na semana prévia a Roland Garros e, em Paris, alcançou pela primeira vez a semifinal de um Major, parando em Djokovic. Na outra semi, Nadal venceu Murray e confirmou a esperada decisão contra Nole.
Djokovic até começou melhor a grande decisão e venceu o 1º set, mas Rafa virou e faturou seu nono título, um recorde absoluto de títulos em um mesmo Grand Slam. 66 vitórias em 67 jogos em Roland Garros para o Rei do Saibro que chegou ao seu 14º Major, igualando Sampras como segundo maior vencedor e atrás apenas de Federer que tem 17.
Entre as mulheres, o mês de maio coroou Maria Sharapova. A russa foi campeã em Madri superando Simona Halep na final e repetiu o triunfo sobre a romena em Roland Garros, vencendo uma batalha de mais de três horas (a 2ª mais longa da história, com apenas dois minutos a menos que a primeira). Segundo título em Paris e 5º Slam para a musa.
Serena Williams foi campeã em Roma, mas decepcionou em Paris e caiu na segunda rodada diante da surpreendente espanhola Garbiñe Muguruza, a grande zebra do torneio e que só parou nas quartas diante da campeã Sharapova.
Junho foi marcado ainda pelos torneio na grama preparatórios para Wimbledon. Em Halle, na Alemanha, Nadal perdeu cedo para Dustin Brown, então 85 do mundo, e Roger Federer sobrou conquistando seu sétimo título no torneio. Enquanto isso, Grigor Dimitrov, com a namorada Sharapova na torcida, levantou o troféu do tradicional ATP de Queen`s, em Londres. Na decisão, o búlgaro derrotou o espanhol Feliciano Lopez, que se reergueu na semana seguinte batendo Richard Gasquet na final de Nottingham.
Entre as mulheres, destaque para Ana Ivanovic e Angelique Kerber, campeãs em Birmingham e Eastbourne, respectivamente.