No dia 16 de julho foi lançado o edital para a construção do Centro de Tênis para a Olimpíada do Rio de Janeiro que será construído no Parque Olímpico situado na Barra da Tijuca, no antigo autódromo. O próximo passo é licitação da empresa contratada.
A empresa escolhida deve iniciar as obras até o fim do ano com término previsto para até o fim de 2015 e no máximo início de 2016.
Ao todo serão R$ 180 milhões de gastos de verba do governo federal na construção, manutenção e desmonte da estrutura que terá 16 quadras rápidas sendo uma fixa para 10 mil pessoas e duas, uma de 5 mil e outra de 3 mil, que serão removidas. A Federação Internacional de Tênis obriga pelo menos um evento-teste no local antes da Olimpíada no segundo semestre de 2016, que pode até vir a ser o ATP 500 e WTA realizado na cidade a partir do ano que vem no Jockey em estrutura que não é fixa.
"Fico um pouco com o pé atrás com as coisas que demoram um pouco aqui. Mas foi feito um compromisso do Comitê Olímpico Brasileiro com o Comitê Olímpico Internacional e a ITF então acredito que a obra estará pronta no prazo, no máximo até janeiro ou fevereiro de 2016, ou até antes pro fim de 2015", diz Jorge Lacerda em bate-papo por telefone com o Tênis News.
O presidente da Confederação Brasileira de Tênis,contou de sua expectativa em adquirir os diretos do Centro de Tênis que estará sob os domínios da empresa vencedora da licitação até maio de 2017 e que depois ficará sob o domínio do Ministério do Esporte: "O objetivo é que o espaço fique como o Centro de Treinamento da CBT em conjunto possivelmente com a Federação Carioca (FTERJ) e dependendo do andamento do projeto que vamos realizar, até levar a sede administrativa da CBT para lá. Não sei por enquanto se temos concorrentes, mas acredito que temos ótimas chances junto ao Ministério do Esporte por conta do nosso projeto de deixar o legado para o local", diz Lacerda que tem mandato previsto para terminar em 2017.
Após o término das Olimpíadas o local se reduzirá à quadra central de 10 mil lugares e o complexo que totalizará oito superfícies. De acordo com Jorge, o custo de manutenção não será um problema e ele acredita que o Ministério do Esporte aceitará a proposta: "Não sabemos quanto ele vai custar anualmente, mas não será nada exorbitante e teremos condições de pagar. Este é o Centro de Treinamento que tanto estamos brigando há anos e não conseguimos fazer em São Paulo. Queremos colocar nossos talentos para desenvolverem na estrutura que teremos. Já estamos investindo em treinadores e jogadores e só falta um Centro de Treinamento para unir tudo".
Para Jorge, a ideia é trazer a FTERJ em parceria com ela para o Centro de Tênis. Ele confia na recuperação da Federação que atualmente está sob intervenção da justiça, sem presidente e sem sede: "Quando fizeram a intervenção por meio de correntes de alguns clubes e uma juíza, a CBT apoiou e agora a situação começa a se resolver. Teremos uma Assembleia sendo convocada até agosto ou setembro para novas eleições com pelo menos três candidados, então tenho certeza que as coisas vão melhorar e que a nova direção, se for do interesse dela, possa se tornar parceira conosco no Centro de Tênis".