Por Ariane Ferreira - Atual 29º da ATP, Tommy Robredo, é outro veterano que voltou de lesão e vem suubindo em 2013. Direto de Wimbledon, o tenista de 31 anos conversou com o Tênis News por email e falou sobre a carreira, o fenômeno Rafa Nadal e os veteranos.
Detentor de 11 títulos na carreira, dentre eles o Masters 1000 de Hamburgo, na Alemanha (2006), Robredo vai acumulando marcas em um ano de retorno. O espanhol, que fez uma escalada de 442 posições desde a volta, em maio de 2012, não sabe quando e como vai se aposentar, mas, em suas palavras, quer seguir jogando e desfrutando deste esporte por muito tempo.
Conversamos com o ex-top 5 antes de sua queda na terceira rodada de Wimbledon para Andy Murray e da eliminação do suíço Roger Federer no Slam britânico, a quem considerava favorito ao título: “Federer é muito bom e seguro que aqui em Wimbledon quer fazer história mais uma vez. É sempre um jogador a se ter em conta”, opinou.
Vindo de uma lesão na coxa que o tirou por oito meses, Tommy afirma que só um fenômeno alcança o nível de excelência pós-parada e este é o caso de Rafael Nadal, a quem aponta como o atleta que pode superar Roger Federer no número de Grand Slams - o suíço tem 17 na carreira e Nadal tem 12: "Rafa é um fenômeno! Não sei se alguém pode superar o Federer, mas se há alguém que pode fazê-lo, sem dúvida este é o Rafa", opinou.
Retorno triunfal e busca pelo top 20 - No final de 2012, o espanhol esteve no Brasil para disputar partida-exibição contra nosso Thomaz Bellucci, e, então 114º do ranking, comentou com o Tênis News que tinha como principal objetivo chegar ao top 30. Após alcançar o 29º, o espanhol sonha alçar novos postos: “Agora quero me manter aqui e se puder, chegar ao top 20”, diz.
Robredo fez história em Roland Garros ao se tornar o primeiro tenista a vencer três partidas seguidas de virada saindo dois sets abaixo em Grand Slams: “Gostei muito de poder estar em Roland Garros em forma e desfrutando de todos os jogos. Além disso, pude ver que meu físico está preparado para suportar partidas tão longas e minha cabeça está 100%. Isso me ajudará muito. Tem que ter vontade de ganhar. Lutar por todas as bolas até que a partida acabe, porque enquanto há vida, há esperança”.
A excelente campanha de Robredo em Paris parou na raquete do também espanhol David Ferrer, que chegou à final do torneio, a 1ª de Slam na carreira: "David é um grande jogador e, além disso, está em grande forma. Ganhar um Grand Slam hoje em dia é difícil pelos grandes nomes, mas é ele quem está mais perto deles", afirma.
O veterano vê com bons olhos a ascensão de seus colegas de geração: “De certo os mais velhos estão em um grande momento, também ajuda saber que, se você faz bem as coisas, pode jogar o tênis profissional por muito tempo”. Tommy elogiou a forma do xará alemão Haas, quatro anos mais velho e 13º da ATP. Entretanto, não o mira como exemplo “Ele é um grande jogador, mas procuro me fixar em mim e no que posso melhorar para seguir subindo”.
Robredo é um dos 12 trintões dentro do top 50 da ATP e opina sobre a razão do sucesso: “Não sei dizer ao certo. Mas nós somos mais profissionais, nos cuidamos melhor e tentamos jogar ao máximo. Acredito que o problema é que não surgem tantos jovens fortes como antes”, opinou.