Roger Federer tem sido perseguido por perguntas sobre sua condição de maior jogador de todos os tempos. Sem entrar em polêmica, o suíço continua afirmando que é difícil avaliar essa questão e justifica contestando a possibilidade de se comparar épocas diferentes.
Federer rebateu a pergunta com o seguinte comentário: "É difícil saber quem é o melhor tenista da história. É um debate que deixo para as pessoas. Hoje tudo é medido por recordes e estatísticas. Antes não se jogava por dinheiro e sim pela paixão ao esporte. Não posso dizer que sou o melhor, não enfrentei vários campeões. Assisti ídolos como Edberg, Becker, Sampras, sei de Borg e Laver, mas depende dos gostos. Não posso me comparar, seria injusto" - afirmou.
Federer disse ainda que sua mudança de postura foi determinante para o sucesso: "Nos meus dias de juvenil, tudo era mais complicado, desde me concentrar até controlar minhas emoções. Um dia disse basta. Meus pais, meus amigos e meu treinador me diziam que havia outro caminho, que poderia jogar bem e com a mesma intensidade. Não foi fácil mudar, houve um longo processo que demorou 6 ou 7 anos, dos meus 14 até os 21 anos. Depois disso, os resultados melhoraram - contou.
O número 2 do mundo ainda contou sobre um momento-chave na carreira, após a queda na 1ª rodada de Roland Garros em 2003, frente ao peruano Luis Horna: "Começaram a me questionar. Além disso, vinha de eliminação na estreia em Roland Garros e Wimbledon no ano anterior. Diziam que tinha talento, mas duvidavam que pudesse chegar onde cheguei. Por isso, joguei Wimbledon com muita pressão. E sofri muito. Mas Graças a Deus duas semanas depois conquistei o torneio" - lembrou, ao falar de seu primeiro título de Grand Slam.