Por Ariane Ferreira - Jo-Wilfried Tsonga conversou com a imprensa em São Paulo em diversas oportunidade durante a Federer Tour. Tsonga, que é conhecido por suas entrevistas altivas, mostrou seu lado mais descontraído no Brasil. Entretanto, acabou revelando que jogou 2012 sem motivação.
"Em 2012 eu não estava na minha melhor forma, estava focado em vencer Roland Garros. Até desenvolvi um bom tênis na temporada, mas não para vencer um top 10. Portanto, tenho que seguir usando destas exibições para me preparar para a próxima temporada. Ainda tenho jogos na Colômbia, preciso praticar. Dei o melhor de mim, mas não foi suficiente, faltou algo", contou o francês.
Perguntado sobre qual o problema para a campanha ruim na temporada, Tsonga refletiu: "eu acho que foi meu mental. Em 2011 eu joguei o suficiente para ser 'o cara' e nos grandes momentos não o fui e perdi. Eu refleti e meu tênis é bom para eu subir (no ranking). Para mudar as coisas, se eu não trabalhar, não serei. Tentarei na próxima temporada. Você não tem garantia de que será um grande jogador, de que vai dar certo, mas precisa trabalhar".
Tsonga foi perguntado pela reportagem do Tênis News se faltou motivação ou se o excesso de confiança o atrapalhou nesta temporada e o francês, pensou para responder: "Não acho que tenha sido excesso de confiança, foi meu mental, motivação eu tinha, sabia que podia vencer qualquer um, mas nos momentos decisivos não joguei pra isso. Não sei explicar, faltou motivação para jogar".
Sobre a escolha do técnico australiano Roger Rasheed, que é conhecido por ser autoritário e disciplinador, Tsonga afirmou que o escolheu "porque é um dos melhores do mundo e tem um fator motivacional incrível". Rasheed teve sucesso ao levar o compatriota Lleyton Hewitt ao topo do ranking e ao fazer da Gaël Monfils, compatriota de Tsonga, um top 10.
"Ele melhorou o lado ofensivo do Hewitt e as subidas de Monfils. Tênis é tudo sobre o que está em sua cabeça e o que você sabe sobre tênis. Meu tênis é este, Roger não vai conseguir alterá-lo muito e eu sou um dos melhores do mundo. O Rasheed vai trabalhar o mental, me motivar", contou o francês sobre os planos com o novo treinador.
Pensando em um Grand Slam, Tsonga sabe que tem muito a trabalhar, mas diz que é um sonho de infância e que precisa acreditar que ele pode.