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Federer minimiza problemas do Ginásio do Ibirapuera

Segunda, 10 de dezembro 2012 às 15:18:30 AMT

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Tênis Profissional
Por Ariane Ferreira - Para o esporte o novo e a juventude muito representam, talvez por isso o sessentão Ginásio do Ibirapuera sofre e faz sofrer cada um de seus espectadores. Entretanto, Roger Federer minimizou os problemas na arean principal de São Paulo.

O ginásio “velho e quente” foi problema para os mais de 34 mil espectadores da Gillette Federer Tour, que a partir do segundo dia de competições passou a contar com “abanadores de papelão” cedidos por uma das patrocinadoras para espantar o calor, que fora do Ginásio beirava os 31ºC e que dentro devia passar dos 35ºC.

“Está quente, né?” O corriqueiro papo de elevador fez com que desconhecidos se tornassem menos distantes na arena. Enquanto grandes jogos aconteciam, as belas jogadas muitas vezes foram ofuscadas pela aflição do intenso calor dentro do Ginásio.

O francês Jo-Wilfried Tsonga confessou na sexta-feira que sentiu-se “muito mal no inicio do jogo em virtude do forte calor”, já no sábado o francês não ponderou críticas à ‘sauna’ em que o ginásio se transformou, além de sua estrutura precária.

Todos os atletas sofreram com o forte calor, mas a maioria amenizou a situação lembrando que o Brasil é um país tropical. O problema do Ibirapuera não se restringe ao seu sistema de refrigeração. Aos 65 anos de vida, o projeto do arquiteto Ícaro de Castro Mello apresenta defasagem de estrutura tecnológica, áreas amplas para a equipe de trabalho e segurança dos visitantes.

O dono da festa, Roger Federer, afirmou: “Eu acho que são necessárias melhorias, porque você tem que dar a melhor experiência para os fãs, para a mídia, jogadores”. Thomaz Bellucci, número um do Brasil, disse concordar com o suíço e acredita que o país ainda está “engatinhando” no quesito infra-estrutura.

“É ele (Federer) mesmo disse, eu acho que não era o tipo de estrutura que ele estava esperando, ele tá acostumado com estruturas mais modernas. O ginásio é grande e demonstra que tá um pouco ultrapassado”, contou o brasileiro, que ainda revelou: “Eu estava até conversando com ele, antes de entrar no jogo, e ele falou a diferença que é entre aqui e Basileia, só que, com toda a estrutura, tudo é mais moderno, tudo é diferente”.

Tsonga acredita que o ginásio não é próprio para receber este tipo de torneio, já Federer pensa mesmo nas melhorias: “Eu não sei o quão velho o Ginásio é, mas você precisa de espaço para todo mundo, mas você pode fazer alguns ajustes”, disse apontando a necessidade de uma segunda quadra para treinamento.

A Confederação Brasileira de Tênis, a CBT, possui um projeto já pronto para a construção de uma arena de tênis na cidade de São Paulo, entretanto necessita de um espaço para fazê-lo e neste caso teria que receber apoio da Prefeitura Municipal, o que até agora não aconteceu.

Procurada pela reportagem do Tênis News a assessoria de imprensa da Secretaria de Esportes, Lazer e Juventude do Estado de São Paulo, responsável pela administração no Ginásio do Ibirapuera, o “Ginásio Geraldo José de Almeida”, não respondeu nossas solicitações até o fechamento desta matéria. Não há, portanto, informações sobre possíveis reformas.

Bellucci, Federer e Tsonga concordam que a estrutura do ginásio está longe da ideal. Tsonga nem cogita possibilidade de realização no ATP Finals no espaço. “O Brasil pode receber o finals sim, mas não neste ginásio. Em Londres a arena é linda, a torcida apaixonada como a daqui, mas eles estão muito à frente quando o assunto é tecnologia”, disse. Federer resumi: “As exigências da ATP são enorme”.

Em virtude de tudo isto, o presidente da Koch tavares, promotora do evento, Luis Felipe Tavares, alertou as autoridades a necessidade da finalização da reforma que está sendo feita no espaço. Em entrevista ao portal UOL, afirmou: “São Paulo merece um ginásio moderno. Muitas cidades nos Estados Unidos que são bem menores do que São Paulo têm ginásios maiores e muito mais modernos”.
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