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Desorganização marca a turnê de Federer

Segunda, 10 de dezembro 2012 às 09:27:25 AMT

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Tênis Profissional
Por Ariane Ferreira - A turnê de Federer terminou em São Paulo com saldo positivo, mas, além do calor, apresentou vários problemas na organização do ginásio do Ibirapuera. Passaram pelo evento 40.125 pessoas, incluindo público, funcionários, imprensa e os tenistas.

O torneio-exibição fluiu em seus quatro dias de maneira organizada para os padrões de eventos esportivos encontrados no Brasil. Não houve nenhum incidente grave, apesar de algumas loucuras promovidas por fãs enlouquecidos por uma foto ou um sorriso de algum dos atletas. O alvo favorito era sempre Roger Federer.

A principal confusão se deu porque os ingressos para os jogos eram de cadeiras numeradas, mas isso muitas vezes não foi respeitado pelos próprios espectadores. Foi o caso do médico Dante Luiz Marques de Oliveira, que saiu da cidade de Serra Negra, no interior de São Paulo, para acompanhar a partida deste domingo. “Cheguei aqui, meus ingressos eram da fila ‘M’, que estava toda ocupada, então o orientador me mandou procurar um lugar vazio”, relatou.

O médico e seu filho, Bruno de 11 anos, acabaram se acomodando na área reservada a imprensa, pois este era o espaço disponível próximo às cadeiras que ele comprou.

A aposentada Lurdes Santana, ao lado na neta, sofreu para encontrar sua posição, também no anel inferior, na noite de sexta-feira. “Quase entrei pelo portão errado, tudo porque a segurança me mandou pro lado errado. Agora a mocinha dali de cima mandou a gente descer e só tem cadeira ‘exclusiva para a imprensa’ e o jogo vai voltar e eu não tenho onde sentar”, desabafou a senhora.

Dona Lurdes ficou sentada por alguns games na área destinada à imprensa e voltou a sua saga em busca do seu assento. Após a partida contou à reportagem do Tênis News: “Encontrei, estava quase do lado da mocinha que não soube me dizer onde era”.

A confusão com os assentos ocorreu principalmente em virtude da falta de educação de parte das pessoas que não respeitavam a marcação colocada pela organização. Entretanto, a falta de preparo de parte da equipe de segurança, tanto para orientar, quanto para instruir os espectadores, geraram problemas como o de Dona Lurdes ou mesmo bate-bocas. A reportagem do Tênis News presenciou vários deles, muitas vezes motivados por respostas atravessadas da equipe que deveria zelar pela segurança e bem estar dos visitantes.

Outro grande problema do Ginásio do Ibirapuera foram os ambulantes. Apesar da melhoria de comportamento destes trabalhadores desde o Brasil Open, faltou o treinamento de que em jogo de tênis, por mais que seja exibição, é necessário silêncio e estar sentado durante as disputas dos pontos.

Sem considerar o preço abusivo exercido pela lanchonete do Ginásio. Um crepe doce, por exemplo, que era comercializado a R$5,00 no Brasil Open, foi vendido a R$7,00 no Challenger Tour Finals na semana anterior e por R$10 durante a Federer Tour. A justificativa deles foi: “A senhora sabe, o pessoal aqui ó ... (fazendo sinal com o polegar e o dedo indicador, como representação de serem pessoas com dinheiro). Não sou eu não, é o patrão”, disse com um sorriso sem graça.
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