A Federação Internacional de Tênis está considerando adotar os testes de sangue utilizados no ciclismo para o tênis visando ampliar o sistema no controle de substâncias proibidas. A ideia vem semanas após Lance Armstrong ser pego e banido de seu esporte.
"Estamos seguindo com muito cuidado o programa de passaporte biológico de um atleta no tênis", disse Stuart Miller, membro do sistema anti-doping da ITF em uma entrevista com a agência Associated Press.
O programa do passaporte biológico no ciclismo e monitoramento dos atletas através da leitura do sangue podem indicar outros tipos de doping.
As federações destes esportes , a UCI e a IAAF, usaram evidências de doping baseada nestes programas para banir atletas e seguir outros com testes.
"Não posso dizer que vai acontecer até nós confirmarmos 'Aqui está o programa, está funcionando. Estamos procurando implementar e se conseguirmos, vamos colocá-lo propriamente".
Miller declarou que a ITF está trabalhando em mais testes de sangue e testes em períodos fora de competições que já faz com os tenistas.
Roger Federer (foto), número dois do mundo, reclamou, durante o ATP World Finals na semana passada, em Londres, de poucos testes de sangue ao longo da temporada: "Eu concordaria com mais testes desse tipo", disse o suíço.
Apenas 21 testes, fora de competição, foram feitos pela ITF e a WADA (Agência Mundial Anti-doping) no tênis em 2011. Os mesmos detectam o abuso do crescimento hormonal, transfusões de sangue e substâncias dopantes como a CERA e os HBOCs.
A maioria dos testes em 2011 foram de urina, 2.109 de 2.150.
"Estamos buscando aumentar a proporção de testes fora de épocas de competição, particularmente as de sangue e já estamso há algum tempo trabalhando nisso. Estou confiante que até o fim do ano teremos novidades para melhorar isso", continuou Miller.