David Ferrer vive seu maior momento na carreira, depois da conquista do Masters 1000 de Paris e de uma estreia vitoriosa no ATP Finals, diante de Juan Martin Del Potro. O tenista, que vai comandar a Espanha na final da Davis, falou sobre o seu momento com entusiasmo.
"De fato, esta tem sido a minha melhor temporada ao longo da carreira. Ao ganhar o Masters de Paris, tirei de cima de mim um enorme peso nas costas" - comentou.
O espanhol se mostrou ainda surpreso de ter obtido seus maiores resultados na carreira em quadras rápidas: "Não esperava uma vitória assim em uma superfície rápida e em quadra coberta, mas por alguma razão meus melhores resultados na carreira obtive em pisos mais rápidos".
O motivo para este fato, segundo Ferrer, foi o treinamento: "Foram muitas horas de trabalho e sacrifício. Parece claro que me adapto bem a todos os pisos. Insisto porque é muito curioso: ganhei mais títulos em quadras rápidas do que no saibro".
Diante das recentes conquistas espanholas, Ferrer se mostrou otimista com o futuro do tênis espanhol: "Eu vejo um bom futuro. Vem mais gente por aí, que vai amadurecer mais para frente. Feliciano (López), Verdasco e eu tivemos que suceder Alex Corretja, Albert Costa, Moya, Ferrero... Vamos ter um ou dois anos que não serão nada fáceis. Não será por toda a história que o tênis espanhol vai estar como agora" - ponderou.
O tenista, no entanto, faz uma ressalva: "Sei que há um futuro pela frente, mas se o que se espera é um novo Rafa Nadal, isso não vai ter. Rafa é único na história. Duvido muito que exista outro igual a ele" - falou.
O espanhol não lamenta a ausência de Nadal na final da Davis: "Se ele estivesse, seria sensacional. Mas ele não está e o importante é que se recupere. Temos confiança total para a decisão. Pode ser mais ou menos difícil do que contra a Argentina (em 2008), mas ali conseguimos" - comentou, lembrando outra decisão em que os espanhóis não puderam contar com sua maior estrela.
Sobre as condições de quadra rápida, Ferrer não se preocupa: "Os tchecos vão colocar a condição que lhes favoreça. Haverá muita pressão sobre eles, inclusive sobre Berdych, mesmo com toda boa campanha que vem fazendo. Pela Davis vivi as sensações mais espetaculares de minha vida e quero curtir isso de novo".
Por fim, ele destacou os tenistas que mais gosta. Além de Bruguera, seu ídolo de infância, e de Federer, um jogador lhe traz boas recordações: "Há outro jogador (que admirava): Marcelo Rios. Era uma enorme satisfação vê-lo atuar" - encerrou.