Por Diego Diegues Javier Martí, apontado pela imprensa espanhola como o novo Rafael Nadal,venceu facilmente o português Frederico Gil na estreia do Brasil Open. O jovem de apenas 20 anos, 184°, espera corresponder às expectativas em torno dele.
Mostrando ótimos golpes de fundo de quadra, o aspirante à estrela concedeu uma entrevista exclusiva ao Tenis News, na qual conta sobre o polêmico convite para a disputa do Aberto do Brasil, os seus principais ídolos e o ponto forte de seu jogo.
“Eu realmente não esperava o convite para a disputa do torneio. Foi uma oportunidade muito boa de mostrar o meu tênis. Quero agradecer a organização fazendo um bom jogo diante do Verdasco e quem sabe chegar à final do torneio”, contou o espanhol beneficiado por um convite imposto pela empresa Octagon, empresa que detem a data fornecida à Koch Tavares, promotora do evento brasileiro.
Marti foi mais um tenista que elogiou a condição das quadras do ginásio do Ibirapuera. “Muito boa as condições da quadra. As bolas estão muito rápidas. Realmente estou adorando disputar o torneio”.
Mirando o top 100, a revelação espanhola já foca os próximos torneios: “Irei jogar o ATP de Buenos Aires e Santiago, e na sequencia jogo o challenger de Florianópolis. Depois descanso”, ressaltou. Marti não foge das compareções com Rafael Nadal, que inclusive é seu ídolo ao lado de David Ferrer e Roger Federer. “Já pude treinar com ele. Foi uma experiência muito boa, onde consegui aprender muitas coisas. Considero Nadal o melhor espanhol da história, além de ser um dos melhores jogadores da história".
Após a polêmica envolvendo o wild card onde acabou mal visto pela imprensa brasileira, Marti tenta surpreender e eliminar o seu compatriota Fernando Verdasco, ex-top 10, para chegar às quartas de final da competição.
Sobre o confronto, Marti disse conhecer muito bem eu adversário. “Com certeza será uma partida muito difícil, na qual eu pretendo sair com a vitória. Treinamos juntos na semana passada e eu o conheço muito bem”, destacou.
O espanhol espera repetir o sucesso de seu ídolo Nadal e fazer uma boa campanha no Brasil Open para quem sabe aumentar seu ranking e poder disputar Roland Garros: “Nadal era apenas uma promessa quando jogou e venceu esse torneio. Acho que o feito que ele conseguiu foi sensacional, mas irei lutar pelo meu espaço mesmo sabendo que Roland Garros é uma competição totalmente diferente das demais”, disse.
Nadal foi campeão do Aberto do Brasil em 2005, quando a disputa ocorria na Costa do Sauípe, na Bahia. Na ocasião, o hexacampeão de Roland Garros era apenas o 48º colocado. Quatro meses depois o natural de Mallorca levantava o seu primeiro troféu do Aberto da França.
Marti acredita que seus pontos fortes são o jogo sólido de fundo de quadra, o revés de uma mão só e a rapidez com que chega na bola. Em contrapartida o espanhol afirma que precisa melhorar a sua “cabeça” evitando perdas de concentrações ao longo dos jogos.
Sem tempo para conhecer a cidade, Marti espera voltar para São Paulo e desfrutar de suas belezas. “Não tive tempo de conhecer a cidade, mas pretendo conhecer. Saio do torneio vou para o hotel e de lá venho para o torneio”. No Brasil o espanhol já visitou as cidades de Blumenau, em Santa Catarina, e Santos, no Estado de São Paulo.