Marc Gicquel já não é nenhum garoto, embora esteja no Top 100 há apenas três anos. E é com essa vivência que, aos 31 anos, ele fez uma análise de sua carreira e falou sobre as promessas do tênis francês: Jo-Wilfried Tsonga e Gilles Simon.
Sem técnico desde que se separou de Rodolph Gilbert em março, Gicquel garante que não pretende se manter nesta condição: “Nós trabalhamos a parte física, alguns aspectos do jogo e a minha atitude. Mas nos separamos. Jogar sozinho me fez bem também. Você conta somente com seu esforço, não há escolha. Mas para o próximo ano, vou refletir e voltar a ter um treinador. Ainda não entrei em contato com ninguém, mas não é necessário que continue sozinho” – assegurou.
Para quem ocupa a 54ª colocação no ranking, Gicquel não sonha muito alto para 2009: “Quero me manter entre os 100 primeiros do mundo, não é nada de muito ambicioso, mas mesmo assim não sei se vou conseguir. É apenas meu terceiro ano entre os 100 primeiros. Eu atuei muito bem nos Grand Slams, o que era um objetivo para esta temporada”.
O francês afirmou que quer aproveitar cada momento de sua evolução tardia: “Sebastien (Grosjean) e Arnaud (Clément) já estão há mais de 10 anos no circuito e começam a ficar um pouco saturados. Para mim, é completamente diferente. Esse foi o meu terceiro ano no Top 100, há muitos torneios que eu não conheço. Não tenho tempo a perder. Estou entre os mais velhos do circuito e preciso aproveitar ao máximo”.
Ao falar de Tsonga e Simon, duas sensações francesas que jogaram a Masters Cup, não faltaram elogios: “Eu joguei contra Gilles quando ele tinha 15 anos à época e ele me ganhou um ou dois games. No ano passado, em Hamburgo, eu ganhei apenas um game dele. Ele evoluiu bastante. É bom o que eles (Simon e Tsonga) estão fazendo. Isso nos motiva”.
Ele revelou qual dos dois não gosta de enfrentar: “Eu enfrentei Jo e perdi por 6 a 3 no terceiro set. Em contrapartida, Gilles é um tenista que eu odeio enfrentar. Seus resultados não me surpreendem. Ele tem um estilo de jogo atípico. Ele ‘usa’ seus adversários, sem dar nenhum ponto de graça. Quando entro em quadra diante dele, sei que vai ser muito duro para mim fisicamente” – disse.
No fim, ele admitiu, sem meias palavras: “Jo e Gilles servem de exemplo para todo tênis francês”.