O Brasil recebeu no
último final de semana a visita de dois dos maiores especialista de
arbitragem no tênis. Os ingleses Andrew Jarret, chefe de arbitragem da
Federação Internacional de Tênis, e Andi Egli, árbitro da entidade, estiveram no Clube Esperia, em São
Paulo (SP), para aplicarem o curso "White Badge", da ITF,
primeiro passo para que os árbitros de cadeira possam participar de
torneios internacionais, como Futures e Challengers.
O curso realizou aulas e provas teóricas com exame prático, aplicado
durante o pré-quali do Future do Clube Esperia. Andrew Jarret, que como
profissional defendeu a Inglaterra na Copa Davis e hoje é o árbitro geral
de Wimbledon, mostrou-se otimista com o nível dos árbitros, mas reconheceu
que a língua inglesa ainda é uma barreira: "Acho que o fato do curso
ser aplicado em inglês ainda é um problema para o continente, pois há
pessoas que tem mais ou menos facilidade com a língua".
Ele ainda lembrou de quando prestou o white-badge pela primeira vez e deu
conselhos: "Eu me lembro que, na situação deles, não via a hora de
receber meu crachá. Sinceramente, espero que eles amem o jogo e continuem
aprendendo. Não importa o quão avançados eles estejam como árbitros,
jogadores ou juízes, estamos sempre aprendendo. Quanto mais você pensa que
já sabe tudo, menos sabe na realidade".
Já Andi Egli diz que a importância de um curso como este é a
oportunidade de aprenzidado para os futuros juízes internacionais: "É
uma oportunidade para a gente, de testá-los, e também para eles, de saberem
em qual estágio estão. É uma grande chance, pois eles não têm muita
experiência, então não sabem como reagir, como se portar muitas vezes e
como encarar certas situações", disse ele, que ainda explicou a
escolha do Brasil para o curso.
"Estes cursos são ministrados quando surge uma demanda do tênis. Nós
olhamos o calendário, conversamos com as federações, vemos quantos árbitros
os países têm. Nós vimos que provavelmente o Brasil precisasse de um número
maior de juízes, e por conta do número de torneios acabamos optando por dar
este curso aqui. A ITF já fez alguns cursos aqui, até de níveis acima deste
que estamos dando agora. Há poucos cursos deste nível por ano, acho que o
próximo será nos Estados Unidos, mas certamente, quando ele voltar a ser
aplicado na América do Sul, o Brasil será prioridade", avaliou.