Em entrevista coletiva após sua derrota para Carlos Berlocq por 7/5 6/1, no jogo que deu início a sua turnê de despedida, Gustavo Kuerten aprovou sua atuação e confessou qual foi seu único pontinho de trsiteza na carreira.
"Foi um dia bem feliz, joguei além das expectativas, consegui impôr meus golpes da maneira que queria", disse o ex-número 1 do mundo e ídolo nacional que deseja jogar dessa forma ou até melhor nos próximos cinco ou seis torneios que fará.
A trajetória de Guga foi marcante não só para os brasileiros, bem como para o mundo. Foram 20 títulos, três Roland Garros, uma Masters Cup, 43 semanas na liderança e ainda o carisma do público e dos jogadores do circuito. Segundo o brasileiro, não foi um torneio não vencido que o deixou triste, mas sim os problemas físicos que o limitaram em seu auge:"Chega a hora que dá 40, 45 minutos de jogo eu começo a cair absurdamente. Esse é o motivo para eu não seguir mais jogando. O meu repertório de golpes funcionaria bem hoje. Acredito que se não tivesse essa limitação física poderia estar com bons resultados ainda e essa é minha única ponta de decepção. Comecei a sentir a lesão ali no meu auge com 24, 25 anos, consegui ainda ganhar torneios depois da primeira cirurgia, fiquei ali entre os primeiros, mas depois não teve mais como, cheguei no meu limite".
O catarinense comentou também que não tinha um discurso preparado para fazer após o jogo, sua reação foi espontânea como tinha mais ou menos nas conquistas e derrotas em finais: "Estar numa final e ganhar um título é mais fácil você prever o que pode fazer como pode comemorar. Aqui (o discurso) vem na hora, parece um Teatro ao vivo, Se vira nos trinta. Na hora bate aquela emoção".
Para o ato final em Roland Garros ele não vai preparar nenhum texto específico, mas admite que precisa apenas aprimorar o francês senão pode ter problemas com os nativos.
Antes de Roland Garros, o "manezinho da ilha" disputará os torneios de Miami, Florianópolis, Monte Carlo, Roma ou Hamburgo.