Por Ariane Ferreira - Torneios realizados no Brasil foram pontos importantes na construção da carreira de Rafael Nadal, que em seu caminho nunca perdeu de um tenista brasileiro. Após vencer Brasil Open, Nadal construiu suas melhores temporadas.
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O extinto Brasil Open fez parte de dois momentos distintos da carreira do espanhol. Em 2005, quando era realizado na Costa do Sauipe, Rafa conquistou no evento seu segundo título profissional.
Nadal chegou à Bahia como 48º do mundo e deixou o país como 39º do mundo, entrando para a lista dos 40 melhores do mundo, da qual saiu apenas em 2023.
A temporada 2012 foi uma das mais complicadas em termos de lesões para o espanhol, que depois de Wimbledon ficou sem jogar tratando uma lesão no joelho, fazendo o espanhol perder os Jogos Olímpicos de Londres.
A volta às quadras se deu apenas em fevereiro de 2013, no extinto ATP 250 de Viña del Mar, onde foi derrotado pelo argentino Horacio Zeballos na grande final.
Na semana seguinte, em São Paulo, Nadal bateu todos os recordes de público em nível ATP 250 lotando o Ginásio do Ibirapuera em todas as suas aparições. Aquela campanha foi aberta com uma vitória sobre o brasileiro João Souza e somou uma sequência de vitórias sobre argentinos: Carlos Berlocq, Martin Alund e David Nalbandián na grande final.
A campanha em São Paulo foi o primeiro de 10 títulos naquele ano, incluindo Roland Garros e o US Open.
Os dois títulos de Brasil Open conquistados por Nadal abriram suas duas melhores temporadas da carreira, já que em 2005 Nadal abre o ano sendo campeão no Sauipe e venceu 11 títulos, incluindo Roland Garros e quatro Masters 1000 fazendo daquele ano o melhor de sua carreira.
No Rio Open Nadal jogou por três oportunidades, foi campeão em 2014 com vitória na final sobre o ucraniano Aleksander Dolgopolov. Nas edições de 2015 e 2016, o espanhol ficou na semifinal com derrotas para o italiano Fabio Fognini e o uruguaio Pablo Cuevas, respectivamente.
Ainda no Rio de Janeiro, mas na disputa em piso rápido dos Jogos Olímpicos, Nadal conquistou seu segundo Ouro da carreira, desta vez nas duplas ao lado de Marc López.
Duelo com brasileiros
Quando surgiu dominante no saibro em 2005, Nadal começou a ser apontado como um substituto de Guga Kuerten, que era o mais recente tenista relativamente dominante no piso desde Bjorn Borg, sendo tricampeão em Roland Garros.
Por esta razão, muitos esperavam pela oportunidade de um duelo entre Nadal e Guga, que nunca aconteceu, já que o brasileiro sofreu com muitas lesões durante o período de ascensão do espanhol até sua aposentadoria em 2005.
Sem enfrentar Guga, Nadal teve 15 duelos no circuito profissional contra tenistas tupiniquins e nunca perdeu um jogo.
O paulista Thomaz Bellucci foi quem mais o espanhol enfrentou, em seis oportunidades, sendo o último deles uma virada do espanhol pelas quartas de final dos Jogos Olímpicos do Rio 2016.
Ricardo Mello e Marcos Daniel enfrentaram Nadal em três oportunidades cada. Enquanto Rogerio Dutra Silva enfrentou o espanhol duas vezes e inclusive foi o último brasileiro a encarar o espanhol no circuito, na chave de Barcelona em 2017.
Bellucci enfrentou Nadal em Roland Garros em 2008 e 2010 nas oitavas de final, sua melhor campanha da carreira no saibro parisiense. O paulista de Tietê também enfrentou o espanhol em Wimbledon 2012, perdeu o jogo em 7/6 (7-0) 6/2 6/3, tendo aberto a partida vencendo o primeiro set em 5/0 e levando a virada. Bellucci e Nadal voltaram a se encontrar em Wimbledon pela chave em 2015.
Rogerinho enfrentou Nadal no US Open 2013, em sua primeira vez jogando o Slam nova-iorquino. O gaúcho Marcos Daniel enfrentou Nadal na estreia em Paris 2009.